domingo, 31 de outubro de 2010

"Riders on the storm" para esta noite

Mais um tema dos Doors no "momentos".



Podem encontrar aqui e aqui outros temas dos Doors e de Jim Morrisson

"Pão por Deus" ou "Dia das Bruxas"

No início de Novembro de 2005 publiquei, no Açoriano Oriental, um texto sobre questões de identidade, rituais e aculturação que hoje partilho com público mais alargado do "momentos".

Rituais
Os rituais sejam comemorativos ou, simplesmente, de rotinas diárias constituem um factor importante, senão mesmo determinante, na construção da identidade e memória colectiva das comunidades e dos povos.
Os rituais comemorativos estão, geralmente, associados a ciclos naturais (mudança das estações do ano), a calendários religiosos ou a mitos.
Podemos discordar, ou não, dos princípios que estão na génese de alguns dos rituais comemorativos que enformam a cultura das comunidades e povos. Podemos até discordar da prática de alguns rituais mas é, no entanto, inegável que é através deles que se identificam e diferenciam culturalmente os grupos humanos. Os rituais são como que um bilhete de identidade da diversidade cultural que caracteriza a humanidade.
A cultura tem, tal como outras manifestações e realizações do homem, servido para submeter grupos humanos. O domínio de um grupo humano sobre outros grupos humanos pode caracterizar-se pela acentuação das diferenças – assim se justificou a escravatura e o colonialismo – ou, então, pela assimilação e padronização cultural – característica da sociedade de consumo. A cultura que, em determinado momento histórico, é dominante impõe, acentuando as diferenças ou estimulando a assimilação, os seus padrões culturais e ideológicos.
O fenómeno de globalização que caracteriza a contemporaneidade favorece, claramente, a assimilação cultural. A denominada civilização ocidental é tida como uma referência e modelo, incontestáveis, de desenvolvimento económico e de bem-estar. E, se esta é uma verdade insofismável, não é menos verdade que este desenvolvimento e bem-estar foram, e são, conseguidos pela submissão cultural e económica de outras sociedades.
Do século XV até meados do século XX a prosperidade ocidental advinha de um domínio que se estruturava na “superioridade” de uma cultura sobre outras e que cultivava a separação e a segregação dos indivíduos e das culturas. O fim da II Guerra Mundial e o processo de descolonização que se lhe seguiu levou ao reconhecimento e aceitação, internacional, de um Mundo de culturas.
Um Mundo culturalmente diversificado e liberto da “hierarquização” cultural punha em causa o crescimento e o bem-estar de quem economicamente continuava a dominar. O caminho que se seguiu é o que todos conhecemos: a uniformização dos padrões culturais, segundo os “valores” ocidentais. A assimilação cultural assume-se, assim, como uma vantagem económica. Quanto mais expandidos e padronizados estiverem os hábitos culturais e de consumo maior escala se dá aos mercados.
Que melhor exemplo do que um dos aspectos mais “sui generis” da cultura das comunidades e dos povos – a alimentação.
O abandono, por um elevado número de famílias portuguesas, de hábitos alimentares tradicionais considerados, pelos especialistas em nutrição humana, equilibrados e ajustados às nossas necessidades calóricas, em detrimento de uma dieta alimentar importada, padronizada e desequilibrada nutricionalmente, é um exemplo do quanto pode ser perniciosa a assimilação cultural, particularmente, quando associada a cegos interesses económicos. Não é por acaso que a obesidade e as doenças do aparelho digestivo aumentaram para o nível de preocupação nacional.
A música é, também, um exemplo paradigmático da uniformização cultural a que a sociedade global nos submete utilizando o poder, neste como noutros exemplos, dos meios de comunicação de massas. Há outros músicos e músicas para além da MTV.
Não quero transformar esta reflexão em mera retórica identitária, no entanto, e reconhecendo que os contextos sociais e históricos evoluem e que a globalização não tem, forçosamente, de ter apenas aspectos negativos quero deixar-vos com a constatação de um facto – esta semana o calendário da identidade e da memória açoriana assinalou o ritual comemorativo do “Pão por Deus”, o calendário comercial celebrou “o Dia das Bruxas”.
Palvarinho, 01 de Novembro de 2005

John Lee Hoocker para esta madrugada

John Lee Hooker (1917-2001) um virtuoso da guitarra e cantor de blues.



Hoje à noite redescobri John Lee Hoocker na Antena 2.
Podem ouvir aqui e aqui outros temas de Hoocker.

sábado, 30 de outubro de 2010

Jane Birkin para esta tarde

Quoi - Uma das mais belas canções de Serge Gainsbourg pela voz de Jane Birkin.



Podem encontrar aqui e aqui dois dos temas de Gainsbourg e Birkin que marcaram uma época.

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Direito à indignação

As medidas restritivas consignadas na Proposta de Orçamento de Estado para 2011, quer venham ou não com chistes de laranja, terão um impacto extremamente negativo sobre a economia regional e sobre as condições de vida dos açorianos.
A amplitude e profundidade dessas medidas irão afectar, de forma incontornável e imediata, todo o país, mas numa Região com as nossas fragilidades e características específicas, os seus efeitos serão ainda mais devastadores. O necessário equilíbrio orçamental nacional deve levar em conta as especificidades das Regiões Autónomas e não pode pôr em causa o seu crescimento económico e desenvolvimento.
As reduções salariais na função pública e o corte nas prestações sociais – seja pela via do seu congelamento ou da sua redução efectiva –, o aumento da carga fiscal – através da redução dos benefícios fiscais e do aumento do IVA, nomeadamente – irão reduzir ainda mais o rendimento disponível das açorianas e dos açorianos, tendo como efeito uma redução do consumo que poderá ser desastrosa para as nossas empresas e para o nosso mercado interno, com a pequena dimensão e fragilidade que são bem conhecidas de todos.
A redução das prestações sociais, e nomeadamente o anunciado corte de 20% na despesa com o Rendimento Social de Inserção, irá ser extremamente negativo e poderá assumir contornos verdadeiramente dramáticos no nosso tecido social, tendo em conta as situações de debilidade e mesmo de carência social que existem na nossa Região.
As medidas de austeridade propostas assumem nos Açores uma dimensão ainda mais injusta, considerando que os açorianos suportam não só custos mais elevados devido à sua condição insular, como possuem rendimentos inferiores às de outras regiões do país.
Igualmente, o corte no investimento público desenvolvido através do PIDDAC, não só contribui para agravar o panorama recessivo em que se afunda a nossa economia como pode comprometer o desenvolvimento de projectos e infra-estruturas vitais para o desenvolvimento Regional e para a qualidade e bem-estar do povo açoriano.
Da mesma forma, a redução das indemnizações compensatórias às empresas públicas pode eventualmente comprometer serviços e benefícios estratégicos e fundamentais para a Região.
Mas, de especial gravidade é a proposta redução nas transferências do Orçamento de Estado para as Autarquias Locais e para as Regiões Autónomas. Esta medida compromete em larga medida o direito das Regiões Autónomas a definirem as suas próprias vias de desenvolvimento e contraria o princípio da solidariedade nacional e lealdade institucional que devem reger as relações entre os diferentes níveis de poder.
A proposta de Orçamento do Governo de José Sócrates, com ou sem o apoio explícito do PSD de Passos Coelho, é inaceitável e, dessa recusa deve ser dada pública conta através de todas as formas consagradas constitucionalmente como direitos dos cidadãos a demonstrarem a sua indignação.
Ponta Delgada, 26 de Outubro de 2010

Aníbal C. Pires, In Diário Insular, 27 de Outubro de 2010, Angra do Heroísmo

Imperativos

O equilíbrio das contas públicas, sendo necessário, não pode ser feito sacrificando o desenvolvimento, nem deve ser feito à custa dos que não beneficiaram e que, objectivamente, não criaram quer a situação de crise financeira, quer o descontrolo das contas públicas.
As medidas de austeridade que estão a ser impostas colocam em causa o progresso do país e penalizam a generalidade da população portuguesa, designadamente quem já tem uma situação fragilizada, quem tem vindo a ser sacrificado ao longo dos últimos anos. São os reformados e pensionistas, são os trabalhadores dependentes e independentes do sector privado e do sector público, são os desempregados, são os micros, pequenos e médios empresários, ou seja, ficam de fora os grandes grupos económicos e financeiros e toda uma multidão de muito bem pagos “servidores do poder” cujos nomes conhecemos, alguns porque a comunicação social, dita de referência, já não os consegue esconder, outros porque são divulgados através das redes de informação alternativa.
Com as medidas de austeridade já concretizadas e todas a que aí vêm quer por via do Orçamento de Estado, quer por via de outros PECs, não se resolve o problema económico pois, todas as medidas apontam para a estagnação ou mesmo para a recessão económica, e nisto os analistas são unânimes. E, não se resolvendo a questão económica não me parece que qualquer pacote de medidas que mantenha intocáveis o despesismo do Estado, o sistema financeiro e os seus paraísos possa vir a resolver o problema do défice público, atente-se que quando me refiro a despesismo do Estado estou a falar, de entre outras áreas, às Parcerias Público Privada, às entidades reguladoras, ao excessivo pessoal afecto aos gabinetes ministeriais e dos Conselhos de Administração de Empresas Públicas, para que não se confunda com despesas em que o Estado tem de forçosamente investir fundos públicos como sejam a Educação, a Saúde e a Segurança Social.
A solução que nos apresentam e nos pedem encarecidamente para, resignadamente, aceitarmos não se constitui como tal, nem é uma inevitabilidade ou, mesmo, uma fatalidade que se abateu sobre os portugueses e sobre Portugal. A solução que nos pretendem impingir faz parte do problema e visa perpetuar um sistema financeiro anacrónico e um modelo de desenvolvimento insustentável porque assente no crescimento económico contínuo, com base num contínuo crescimento do consumo. Todos temos mais ou menos consciência que um modelo de desenvolvimento assente nas premissas anteriores mais tarde ou mais cedo terá de ruir, não por minha vontade claro mas, por uma variável que não é de somenos importância e que não é tomada em devida conta: os recursos do planeta são finitos.
A ruptura com este modelo de desenvolvimento constitui-se como um imperativo da humanidade pois trata-se da sua própria salvaguarda.
Ponta Delgada, 25 de Outubro de 2010
Aníbal C. Pires, In A UNIÃO, 27 de Outubro de 2010, Angra do Heroísmo

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Sous le Ciel de Paris

Com Ives Montand e Edith Piaf  "sous le ciel de Paris".



A França continua inspiradora na luta contra os fantoches que nos querem por a pedir esmola.
Atente-se que as greves e manifestações, ao contrário do que a Comunicação Social instituída nos "vende", não se limitam à luta pelo aumento da idade da reforma. A luta dos franceses é a luta dos povos europeus contra as medidas de austeridade, em defesa do emprego e da civilização.

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Greve Geral - 5 - Se outras razões não houvesse

Enquanto as "delegações" do PSD e do Governo (PS) continuam as suas masturbações nos salões da Assembleia da República (AR) fica uma das muitas intervenções feitas no Parlamento que, ao contrário dos constantes directos feitos sobre a masturbação, não passaram na Comunicação Social de (dita) referência.

 

Isto chama-se chamar os BOIS pelos nomes.

domingo, 24 de outubro de 2010

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Le Meteque

Depois de terminado o Plenário de Outubro na Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores (ALRAA), uma balada de George Moustaki - Le Meteque, para esta tarde.



Alguns dos ecos do último dia de Plenário podem ser encontrados aqui, aqui e também aqui.

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

IVA, IRS e investimento público

Não há dúvidas que em demagogia e manipulação da opinião pública José Sócrates e o seu Ministro das Finanças são mestres, por outro lado o PS Açores depois do número circense à volta da Revisão Constitucional continua insistentemente na mistificação do espaço público regional em defesa da indefensável proposta de Orçamento do Estado (OG).
Vejamos, das últimas medidas anunciadas por José Sócrates, Teixeira dos Santos e Silva Pereira ficou a ideia geral da sua inevitabilidade e ficou, em particular, a ideia de que a penalização sobre os rendimentos incidiam, no essencial, sobre o sector público e de forma gradativa sobre quem aufere maiores salários o que colhe alguma simpatia na generalidade da população ligada ao sector privado, no meio do desespero do congelamento das pensões, da redução das prestações sociais e das comparticipações sobre os medicamentos e os exames auxiliares de diagnóstico a penalização dos funcionários públicos aparece como um mal menor, senão mesmo como um acto de justiça uma vez que se foi construindo a ideia de que todos os males deste país se devem a um excessiva e bem paga administração pública o que, bem vistas as coisas não passa de uma representação construída ao longo de anos de domínio da doutrina neoliberal que só quer Estado para financiar a actividade privada.
Mas será que na prática o rendimento dos trabalhadores do sector privado não sofrerá penalizações? Claro que terá! Todos sabemos que a administração pública serve de referencial para as negociações colectivas no sector privado e, ninguém duvide que continuará a ser só que agora o referencial diminui consideravelmente.
Mas também pela via fiscal directa ou indirecta os rendimentos vão diminuir, desde logo pelo aumento do IVA, o mais injusto de todos os impostos, todos pagam por igual quer se viva de uma pensão de sobrevivência, quer se usufrua de dezenas de milhares de euros de rendimento mensal, aliás o aumento do IVA também não foi bem explicado uma vez que alguns produtos vão passar da taxa reduzida e da taxa intermédia para a taxa máxima, designadamente alguns produtos alimentares, ou seja, o aumento global deste imposto é superior aos 2% anunciados.
Quanto ao IRS e o impacto que as alterações irão causar ao nível da redução do rendimento, também aqui penalização recai sobre os trabalhadores do sector privado e do sector público, trabalhadores independentes, etc. etc., ou seja, sobre a generalidade dos cidadãos mas, como dizia para além da subida adicional de 1% no IRS verificada em 2010, que se manterá em 2011 e sabe-se lá por mais quanto tempo, a proposta de OE para 2011 contempla alterações que aumentam significativamente a carga fiscal e desmascaram o discurso da preocupação social com que o Governo de José Sócrates enche a boca e os ouvidos dos portugueses. Assim, as taxas de IRS vão subir e a subida é tanto maior quanto menor é o rendimento. É isso mesmo não foi engano! Para o escalão até 4898 € de rendimento colectável a taxa sobe 3,8% mas, para rendimentos superiores a 153 300 € a subida é de 1,35%. Para além deste, digamos, pormenor importa ainda salientar que as deduções deixam de estar indexadas ao Salário Mínimo (SM) e passam a ser indexadas ao Indexante de Apoios Sociais (IAS) cujo valor, como é sabido, é inferior ao SM e vai ser congelado pelo menos em 2011, isto tudo, é claro, se o OE for aprovado.
Quanto à mistificação que o PS Açores tem feito sobre os efeitos que a proposta de OE vai ter na Região, agarrando-se desesperadamente ao facto da Lei da Finanças Regionais ser cumprida, isso não diminui uma verdade insofismável: o investimento público na Região depende do Orçamento Regional mas também das Autarquias e do PIDDAC de onde resulta que somando as reduções previstas na proposta de OE nestes três níveis de investimento público (local, regional e central) obtemos um número bem mais substantivo que aquele que tem sido afirmado pelo Governo regional e, que a par dos efeitos das medidas de austeridade dirigidas aos cidadãos o efeito só pode ser o de acrescentar crise à crise, acentuar e perpetuar o ciclo económico recessivo.
Horta, 19 de Outubro de 2010

Aníbal C. Pires, In Diário Insular, 20 de Outubro de 2010, Angra do Heroísmo

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Alternativa à recessão e ao caos

Em bem que não queria mas não consigo. Por mais que tente o tema que não se arreda do pensamento. A preocupação sobre o estado a que o Estado chegou é muito grande e, sobretudo preocupa-me aquilo que nos apresentam como solução que, em minha opinião nem sequer chega a ser um paliativo quanto mais uma terapia.
Os problemas que o país enfrenta são estruturais e estão directamente relacionados com o rumo que foi dado à economia nacional ao longo das últimas 3 décadas, julgo que ninguém terá dúvidas sobre isso. O país deixou de produzir por via de opções políticas e económicas que paulatinamente desmantelaram o sector produtivo, o país tornou-se mais dependente do exterior, a economia terciarizou-se e perdeu necessária base produtiva que lhe poderia conferir sustentabilidade e tornou-se mais permeável às conjunturas económicas e financeiras desfavoráveis como aquela que estamos a viver.
Dir-me-ão que este é um problema que afecta os nossos parceiros, ou seja, os países desenvolvidos. Que não estamos sós e que a economia e competitividade globais têm custos. Pois sim! Mas sem colocar em causa essa argumentação não descortino como é que de um facto resulta o outro, ou seja, porque é que o sector produtivo foi destruído e se insiste em acabar com o resto como, por exemplo, a fileira do leite que vai sofrer mais um ataque com o aumento do IVA, se a proposta de Orçamento Geral do Estado (OGE) for aprovada os produtos lácteos diferenciados passam da taxa reduzida (6%) para a taxa máxima (23%). Bem! Em Espanha a taxa aplicável a produtos semelhantes varia entre 4 e os 8%. A Espanha é do nosso “Mundo” e enfrenta os problemas decorrentes das imposições externas, tal como Portugal. Alguém me explica porquê esta opção do Governo de José Sócrates!?
A redução da despesa pública e o aumento da receita são-nos apresentados como uma necessidade senão mesmo como uma inevitabilidade para salvar o país, não concordo pois, a salvação que se referem depende da acalmia dos mercados financeiros que como sabemos nunca acalmam, aliás é incompreensível que o Banco Central Europeu não conceda empréstimos aos países em dificuldades e o faça à banca internacional a baixos juros onde depois os Estados se vão financiar a juros altíssimos.
Não concordo com a argumentação mas, concordo que a redução da despesa e o aumento da receita públicas são medidas necessárias, bem assim como a revitalização da economia nacional, designadamente dos sectores produtivos.
Vejamos então outros caminhos para o aumento da receita e para a redução da despesa que não sejam a penalização dos já sacrificados trabalhadores, das famílias, dos pensionistas e reformados. Porque há alternativas. Pois é!
Deixo apenas, de entre outros, alguns exemplos onde o Estado poderia aumentar a receita: criação de um Imposto sobre as Transacções e Transferências Financeiras das operações bolsistas no mercado regulamentado e não regulamentado; tributação extraordinária do património imobiliário de luxo; aplicação de uma taxa efectiva de 25% ao sector bancário e grandes grupos económicos.
Outros tantos exemplos de corte na despesa: fim das transferências da ADSE para os hospitais privados, redução do número de membros dos Conselhos de Administração de Empresas Públicas; redução do número de pessoal afecto aos gabinetes dos membros do Governo; fim das Parcerias Públicas Privadas e extinção das entidades reguladoras e a afectação das suas funções à administração central de onde foram retiradas.
Ficam apenas estes exemplos para reflexão mas também como demonstração de que existem alternativas para reduzir a despesa e aumentar a receita pública sem seguir o caminho que nos vai levar à recessão económica e ao caos social.
Horta, 18 de Outubro de 2010

Aníbal C. Pires, In A UNIÃO, 19 de Outubro de 2010, Angra do Heroísmo

domingo, 17 de outubro de 2010

"La Llorona" num tributo a Frida Kahlo

A meio da tarde mais uma sugestão musical associada a Frida Kahlo, embora a canção a preceda e se perca no passado dos povos sul americanos.
La Llorona uma canção sul americana sobre a qual existem muitas estórias e interpretações esta e muitas outras canções atravessaram oceanos e continentes e fixaram-se, há muito, no meu imaginário infantil e juvenil. Hoje um amigo recordou-me "La Llorona" e partilho-a convosco.



Uma das melhores interpretações de "La Llorona" é de Chavela Vargas, por acaso, amiga e contemporânea de Frida Kahlo.

Because of You

Por causa de ti, por causa de todos o caminho é o da luta contra os "Senhores do Mundo" eos seus lacaios.
Gente sem rosto nem legitmidade mas que decidem a vida dos povos.
Fica uma sugestão musical para esta tarde de Outono passada na cidade da Horta a preparar o Plenário da ALRAA.



Skunk Anansie para esta tarde de Domingo.

sábado, 16 de outubro de 2010

"Fui eu que comi a Madona"

A Ana Carolina já por aqui passou com a leitura de um texto.
Hoje proponho um tema musical desta voz, desta mulher e cantora brasileira. Um vídeo que não posso incorporar porque o código não está disponível no youtube.


Mas como o vídeo se encontra disponível em "Fui eu que comi a Madona".  Cliquem, acedam e descubram muitos outros temas da Ana Carolina.

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Greve Geral - 3

Mais um vídeo com origem no "31 da Armada" e que ilustra bem o descontrole, neste caso não das contas públicas mas o descontrole que quem gere as contas públicas.
O défice público cresceu e, sem dúvida, cresceu por opção do Governo e um dos motivos esquecidos porque o défice público cresceu fica a dever-se à injecção de capitais públicos na banca nacional aquando da tão propalada crise financeira, ou seja, pagámos para salvar a banca agora voltamos a pagar para salvar não se sabe bem o quê pois, as medidas anunciadas de reforço do já reforçado PEC como todos percebemos nem sequer se configura como um paliativo, bem pelo contrário estas medidas acrescentam problema ao problema e a solução que passa pela revitalização dos sectores produtivos nacionais e a redução das dependências externas essa, a solução, nem uma palavra para não por em causa as políticas comuns e para não aborrecer a Senhora Merkel e o seu lacaio de estimação o Senhor Barroso, Durão.


E a pergunta é: Ainda tem dúvidas quanto aos motivos para fazer GREVE GERAL no dia 24 de Novembro?

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Greve Geral - 2

Uma questão de memória e quiçá de personalidade ou mesmo de estilo.



É tempo de luta!
Greve Geral - 24 de Novembro.

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Uma excepção

Não é a norma e vai certamente ser uma das poucas excepções mas face à forma como os OCS regionais noticiaram a participação da Representação Parlamentar do PCP, na Comissão Permanente da Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores do passado dia 8 de Outubro onde foi discutida uma tentativa de conciliar uma posição regional, no âmbito do processo de Revisão Constitucional, sobre a extinção do Representante do Presidente da República para as Regiões Autónomas, vou utilizar este espaço para esclarecer o que de forma inadvertida, não tenho dúvidas, foi difundido para o espaço público regional sem grande rigor. Assim:
O Deputado do PCP participou na discussão da Comissão Permanente tendo feito pelo menos três intervenções, sendo que a primeira delas foi distribuída por todos os OCS, o Deputado do PCP antes da votação final das diferentes propostas teve de abandonar a Comissão tendo, porém, deixado indicação à Mesa da Comissão do seu sentido de voto bem assim como a intenção de fazer uma declaração de voto por escrito.
Sobre esta questão não vou tecer mais considerações apenas dizer que através da leitura do relatório da Comissão Permanente se poderá verificar a veracidade do que atrás ficou dito, designadamente no que concerne ao sentido da votação e ao conteúdo da respectiva declaração de voto.
Quanto a algumas dúvidas que ficaram a pairar sobre a posição da Representação Parlamentar do PCP sobre a matéria de facto importa dizer que o PCP não abdica nem se escusa a intervir no processo de Revisão Constitucional, embora considere que a abertura deste processo foi inoportuno face à gravidade dos problemas que afectam a generalidade dos portugueses quer vivam no continente, quer vivam nas Regiões Autónomas e à hierarquização das prioridades políticas que, salvo melhor opinião, deveriam ir no sentido da procura de soluções que valorizem a produção e a economia regional e nacional, só assim é possível criar riqueza mas, ao invés disso o PS e PSD montaram um número de ilusionismo tentando desviar a atenção do cerne do problema e procurando construir a ideia da inevitabilidade e com ela a resignação que leva tendencialmente à inércia.
Mas como dizia o PCP participa na discussão e apresentou, na Assembleia da República, exactamente no dia em que a Comissão Permanente da ALRAA reuniu, a sua proposta de Revisão Constitucional que retoma, no essencial, a posição sobre as questões autonómicas que apresentou na última Revisão da Constituição e que vão de encontro às posições tomadas por altura da discussão e aprovação do Estatuto Político Administrativo da Região Autónoma dos Açores que está em vigor à pouco mais de um ano e meio.
Para finalizar transcrevo um dos parágrafos que constam da declaração de voto que vem anexa ao Relatório da Comissão Permanente da ALRAA que discutiu e votou as propostas de articulado que o PS apresentou.
“A Representação Parlamentar do PCP reafirma a sua disponibilidade para discutir, com seriedade e sem dogmas, todas as questões que digam respeito ao aperfeiçoamento e aprofundamento das autonomias regionais. Estamos dispostos a isso, mas no tempo e na forma que sirvam os açorianos e os Açores.”
Ponta Delgada, 12 de Outubro de 2010

Anibal C. Pires, In Diário Insular, 13 de Outubro de 2010, Angra do Heroísmo

Greve Geral -1

Comecemos por um pequeno vídeo de Michael Moore, o Serviço Nacional de Saúde Inglês e o poder da democracia.



Tudo fica bem claro e, o mais interessante é que nem sequer são dois perigosos e subversivos comunistas a dizer aquilo que os tais co... com... comu... comunist... comunistas defendem.
Surripiei este vídeo do blogue "o que se conta por aqui"

terça-feira, 12 de outubro de 2010

Daniel Gonçalves - Poesia Palavra Ibérica

PARABÉNS DANIEL!

O Daniel Gonçalves, amigo e companheiro de lutas, está de parabéns por mais uma distinção com um prémio de poesia, desta vez uma "Menção Honrosa" atribuída, no âmbito "Prémio Internacional de Poesia Palavra Ibérica 2010", ao seu trabalho "Um Coração Simples".



O"momentos" não podia deixar de assinalar mais este prémio atribuído ao Daniel como já o fez aquando da atribuição de um outro que podem ver aqui.

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Em defesa da Autonomia e da soberania nacional

As medidas de austeridade anunciadas pelo primeiro-ministro a 29 de Setembro pp, na sequência das ondas sucessivas de reforço do reforço da austeridade em nome do combate ao défice público nacional e aqui abro um pequeno parêntesis para lembrar que o défice público nos Estados Unidos é de 11% e em Portugal é de 7%, o que num caso e noutro é preocupante mas lembro também que quer num exemplo, quer noutro o que está na origem de défices elevados e no seu descontrole está directamente relacionado com a injecção de capital público no sistema financeiro, ou seja, na banca, feito nos últimos anos e, já fora de parêntesis adianto que estas medidas mais não significam do que criar condições para manter disponível um “fundo de maneio” para assegurar o sistema financeiro tal como o conhecemos e, por consequência, as medidas anunciadas não visam mais do que manter tudo na mesma sacrificando quem já está fortemente penalizado com baixos salários, desemprego, exclusão social e pobreza e continuando a engordar de forma obscena o sistema financeiro nacional e internacional, isto para não referir que, embora ténue, Portugal estava a registar um crescimento económico da ordem dos 0,7% coisa que vai deixar de se registar, uma vez que, todas as medidas anunciadas são tendencialmente propiciadoras de provocar uma verdadeira recessão na economia nacional.
Sobre os Açores e a própria Autonomia regional paira uma nuvem negra de preocupações pois as medidas que vêm reforçar o reforço do PEC irão provocar uma diminuição acentuada, por via directa e indirecta, uma redução generalizada do rendimento da população e… ainda uma diminuição do investimento público local, regional e central na Região.
Embora se desconheça a sua verdadeira dimensão, bem como a sua forma e abrangência, pode afirmar-se desde já que as anunciadas medidas terão um efeito devastador sobre os rendimentos e as condições de vida de todos os açorianos e, de forma ainda mais gravosa, sobre os mais desprotegidos.
Mas, de extraordinária gravidade é a anunciada redução das transferências do Orçamento de Estado para a Região, esta medida a concretizar-se contraria o Estatuto Político-Administrativo, a Lei das Finanças Regionais e é um inadmissível ataque à Autonomia dos Açores.
O PS, violando toda a legalidade democrática e mais uma vez fazendo na República o contrário do que afirma na Região, pretende fazer pagar os açorianos pela irresponsabilidade e inépcia do Governo de José Sócrates.
Lamentável, só assim o posso considerar, que o PS e PSD Açores se dediquem a jogos políticos sem consequência, passando ao lado destes que são os problemas que verdadeiramente interessam aos açorianos, as questões que verdadeiramente são, no actual contexto político, de autêntica defesa da própria matriz instrumental que dá corpo à Autonomia.
O PS e PSD encenaram em torno do processo de Revisão Constitucional, todo um espectáculo político, reduzindo todo esse processo à extinção do cargo de Representante do Presidente da República, uma questão que, neste momento é perfeitamente lateral em relação aos grandes problemas da nossa Região.
A luta popular e sindical contra a aplicação destas medidas deve ser encarada como a defesa da própria Autonomia e assume-se também como uma questão patriótica pois, não é admissível que a democracia portuguesa esteja manietada por um sistema financeiro cujo poder não lhe advém sufrágio popular e democrático expressa eleitoralmente mas de um modelo de especulação bolsista cujos protagonistas são figuras sem rosto e, sobretudo sem a tão importante legitimidade democrática.
Ponta Delgada, 11 de Outubro de 2010

Aníbal C. Pires, In A UNIÃO, 11 de Outubro de 2010, Angra do Heroísmo

domingo, 10 de outubro de 2010

Samaritana

Um daqueles fados de Coimbra que sempre me ficaram na memória e há muito tempo não ouvia.



Existem várias interpretações deste mesmo tema a escolha deste vídeo fica a dever-se à qualidade (na minha perspectiva claro) das ilustrações que acompnham este belíssimo fado de Coimbra

sábado, 9 de outubro de 2010

Descobertas

O blogue "O Tempo das Cerejas" é um manancial de informação cultural, social e política. Hoje não resisto a surripiar mais uma das sugestões musicais que Vítor Dias fez para este fim de semana.



Dee Dee Bridgewater uma voz feminina do soul e do jazz que vem dos Estados Unidos.

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

PEC's

A 29 de Setembro de 2010 o Conselho de Ministros aprovou um conjunto de medidas de reforço ao PEC e vão ser plasmadas no Orçamento de Estado para 2011, porém algumas dessas medidas terão efeito ainda durante o ano de 2010 e vão afectar directa ou indirectamente o rendimento dos trabalhadores da administração pública nacional, regional e local mas também os trabalhadores do sector privado, seja por via da eliminação de prestações sociais ou o cancelamento de aumentos previstos, designadamente o abano de família, seja por via da diminuição das comparticipações com medicamentos e meios complementares de diagnóstico, medidas que entrando agora em vigor se prolongarão no futuro, estas e as que se prevê venham a integrar o Orçamento de Estado. Como todos percebemos pelo pequeno “desaguisado”, entre Sócrates e Teixeira dos Santos, que se gerou no fim do anúncio de mais um ataque desferido contra os portugueses e a economia nacional que as medidas impostas não seriam conjunturais e irão para lá de 2011, isto apesar de o primeiro-ministro ter afirmado durante a comunicação que as medidas só vigorariam até ao fim de 2011 mas, em bom rigor, já ninguém acredita no engenheiro que nos calhou na rifa e, por conseguinte ou nos opomos firmemente contra esta política de submissão aos teólogos neoliberais e aos seus apóstolos ou, continuaremos esta caminhada para a completa destruição da já fragilizada economia produtiva nacional e para a destruição dos direitos sociais que ainda subsistem.
As medidas anunciadas como poderão verificar no comunicado do Governo estão divididas em duas áreas: redução da despesa e aumento da receita; como se pode concluir são medidas altamente inovadoras e com uma grande incorporação tecnológica, embora se trate apenas de aritmética.
Será que os mentecaptos que nos governam pensam que já conseguiram estupidificar todos os portugueses? Ou que convencem os portugueses de que há justiça e equidade no que foi anunciado, intercalando algumas medidas justas que visam a redução da despesa, como sejam: a eliminação a acumulação de vencimentos públicos com pensões do sistema público de aposentação e a redução de 20% com despesas na frota automóvel do Estado; estas são apenas 2 das 15 medidas anunciadas no âmbito da redução da despesa, as restantes penalizam fortemente a generalidade da população e põem em causa o investimento público, como seja o caso da redução para as Autarquias e para as Regiões Autónomas e das verbas do PIDDAC.
O que seria expectável era que o Governo da República nos viesse falar de uma estratégia para a criação de riqueza e de redução da dependência externa mas, de facto sobre a valorização da economia e da produção nacional nem uma palavra e, quer-me parecer, que a solução passará por aí e não pelas medidas do PEC I, PEC II, PEC III e outros pec’s que eventualmente se sigam e que terão como efeito a retracção dos consumidores e, esta sim inevitável, a recessão económica.
As açorianas e os açorianos têm razões de sobra para se indignarem pois serão duplamente penalizados quer por via das medidas que vão diminuir o rendimento das famílias, quer por via da redução das transferências para as Autarquias, para as Regiões Autónomas e da redução das verbas do PIDDAC, isto não considerando que a condição insular e arquipelágica e os custos acrescidos que lhe estão associados ou, ainda, o impacto negativo que a anunciada redução no pagamento de indemnizações compensatórias às empresas com contratos de serviço público, nomeadamente no sector dos transportes, possa vir a ter na vida e dos cidadãos e das empresas.
Horta, 01 de Outubro de 2010

Aníbal C. Pires, In Diário Insular, 07 de Outubro de 2010, Angra de Heroísmo

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Centenário da República Portuguesa

A data que hoje comemoramos e os cem anos que passaram sobre o 5 de Outubro de 1910 podem ser objectos de visões e leituras diferenciadas importa, porém, comemorar o fim de um regime anacrónico e submisso aos seus "aliados".
Viva a República!

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Porreiro pá

Quem não se lembra da famosa expressão: “porreiro pá”; com que Durão Barroso, Presidente da Comissão Europeia, e José Sócrates, primeiro-ministro português, se cumprimentaram aquando da assinatura do novo Tratado da União Europeia que ficou para a história, triste história, conhecido como o Tratado de Lisboa, assim como de um outro acto de grande impacto nas políticas da União Europeia, do qual se fez e faz grande alarde e que ficou igualmente ligado à capital portuguesa, no caso vertente, a Agenda de Lisboa, sendo que ao tempo era primeiro-ministro português António Guterres, por sinal também ele, neste caso não há dúvidas, engenheiro de formação académica e Secretário-geral do PS.
Que fatalidade histórica se terá abatido sobre Lisboa, essa mítica e encantadora cidade, para ter acolhido dois encontros ao mais alto nível de responsáveis políticos europeus e que agora estão a dar o resultado que todos sabemos, ou seja, de baixíssimo nível.
O que é que foi porreiro pá? É caso para perguntar a este dois portugueses que mais não têm feito do que contribuir para o baixo nível a que chegámos, não só em Portugal como na generalidade dos países da União Europeia. Para os europeístas convictos é chegada a altura de se começarem a interrogar sobre o próprio projecto de construção europeia que tanto defendem e, essas duas eminências pardas, que dão pelo nome de Durão Barroso e José Sócrates é-lhes exigido que respondam aos povos europeus onde estão a virtualidades de tanto porreirismo eurocêntrico.
Julgo que ainda não chegámos ao fundo, ainda não atingimos o grau zero mas para lá caminhamos a passos largos se nos resignarmos. Se não nos acautelarmos até para lá do fundo caímos, cavando com as nossas próprias mãos a ruína de um país que não é pobre, ao contrário do que sempre nos foi dito no discurso dominante, mesmo quando por cá reinou um sujeito chamado Salazar a quem sucedeu um Marcelo que não era Sousa mas Caetano e que, num dia de Abril quando os cravos floriram em Lisboa, foi de passeio até ao Brasil e o povo português encheu as ruas e acreditou. Acreditou e conquistou poder e direitos tão básicos como o acesso universal à Educação, à Saúde e à Segurança Social. A pátria madrasta que empurrava os seus filhos para a emigração e para a guerra transformou-se numa pátria acolhedora e mais justa para com todos os seus filhos.
Passados que são 36 anos sobre essa Primavera florida de vermelho Portugal transformou-se, pela mão servil dos sociais-democratas da laranja e da rosa onde pontuam os neoliberais, num país dependente, sem soberania, sem economia produtiva, curvado perante um projecto europeu construído à margem dos cidadãos e, talvez por isso, um projecto moribundo tal como o conhecemos.
José Sócrates, Silva Pereira e Teixeira dos Santos aqui há uns dias atrás surpreenderam, não os mais avisados porque disso estavam à espera e por isso se mobilizaram nas ruas para protestar contra as medidas de austeridade já anunciadas e postas em prática (PEC 1 e PEC 2), mas surpreenderam em particular os seus pares com a violência do agravamento das medidas de austeridade anunciando um PEC 3, consagrado na proposta de Orçamento Geral do Estado para 2011.
Do anúncio feito pelo Governo da República apenas quero relevar o seguinte aspecto: nem uma palavra para a economia nacional, nem uma palavra para valorizar a capacidade produtiva nacional, nem uma palavra que se aproximasse das soluções estruturais e, mesmo conjunturais para combater a crise, nada sobre isso José Sócrates disse, nada; o primeiro-ministro e as suas “damas de honor” limitaram-se a transmitir as instruções que vieram de Bruxelas, que por sua vez foram redigidas em Berlim.
Não conheço, ainda, a posição do PS Açores e do seu Presidente mas durante o dia de hoje (30 de Setembro) o incómodo nas hostes da rosa era visível e chego mesmo a perguntar-me se Carlos César foi previamente informado de que afinal os seus receios, não eram infundados quanto à possibilidade real de cortes nas transferências do Orçamento Geral do Estado para a Região, aliás preocupação partilhada por outros líderes partidários. O que o PS Açores e o seu líder não esperariam era que os cortes nas transferências fossem da iniciativa do seu iluminado e criativo líder nacional, essa figura incontornável da política nacional, que dá pelo nome de José Sócrates e que se tivesse um pingo de vergonha na cara já tinha migrado para a Covilhã – que me perdoem os beirões - para retomar a sua antiga actividade de projectista ao serviço das Câmaras Municipais para as quais já trabalhou com a qualidade que todos, ou quase todos, conhecemos.
Ponta Delgada, 30 de Setembro de 2010

Aníbal C. Pires, In A União, 03 de Outubro de 2010, Angra do Heroísmo

domingo, 3 de outubro de 2010

SP 444 - PDL/Horta

As viagens pelos céus açorianos têm sempre motivos de interesse. Deixo aqui algumas fotos feitas hoje durante o voo SP 444 entre a ilha de S. Miguel e a ilha do Faial. Rota directa pelo Sul.


Já depois da descolagem em PDL na zona da antiga aerogare.


Ainda sobre a pista do aeroporto de Ponta Delgada.


Já na saída sobre a aerogare de aeroporto de Ponta Delgada.


Passagem a Sul da Terceira (no centro da imagem por entre as nuvens)



Aí está a majestosa montanha.


A meio canal com a Madalena (Pico) ao fundo e no horizonte o perfil de S. Jorge a perder-se na penumbra.


Horta, entre a Espalamaca e o Monte da Guia.


Depois, bem depois um fim de tarde à frente deste edifício e a bebericar um Gin do "Peter"

sábado, 2 de outubro de 2010

Bertolt Brecht - O analfabeto político



O analfabetismo tem muitas formas e todas elas servem para exercer domínio e manter o poder que nos rouba dignidade, direitos, salários, emprego,... este poema de Bertolt Brecht é bem elucidativo.

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Prenda para a Margarida

Há dois anos nasceu a Margarida, minha primeira neta, estava então em plena pré-campanha eleitoral para as Regionais de 2008 e não pude estar lá quando ela nasceu.
No primeiro aniversário estive presente e ela estava assim, um encanto.
No "momentos" deixei-lhe esta prenda pelo seu primeiro aniversário.
Hoje a Margarida completa o seu segundo aniversário e eu estou, uma vez mais, ausente mas não esqueço os momentos de felicidade que ao longo destes dois anos a Margarida me tem proporcionado.

Fotos publicadas no "momentos" e "no que se conta por aqui".
Música: "Raquel" de Bau.