quinta-feira, 31 de julho de 2025
as crianças na FESTA
"Quando dizemos que a Festa do Avante! é a festa de todos, pensamos, claro, nas crianças! Para além do Espaço Criança, toda a Festa se prepara para receber os mais pequenos. Em todos os espetáculos e momentos são bem-vindas, seja na música, no teatro, no cinema, no Espaço Ciência ou na Festa do Livro. E os lugares para a brincadeira são muitos, e com muita sombra fresca, túneis, espaço por onde correr e tendas onde brincar. Há histórias contadas, ateliers e jogos.Há paredes para escalar, carrosséis e insufláveis para rebolar. Há casas-de-banho para crianças e, em vários pontos da festa, sítios para trocar fraldas, micro-ondas, espaço de amamentação e muitas sombras para os piqueniques em família. As crianças até aos 14 anos, inclusive, não pagam EP."
a ciência na FESTA
"O Espaço Ciência, procura, a cada ano, trazer a ciência com rigor técnico, científico e acessível a todos os visitantes da Festa!. Experiências, demonstrações, documentários e vivos debates têm lugar, pensando e debatendo o papel social da ciência."
quarta-feira, 30 de julho de 2025
a juventude na FESTA
"Por tudo o que cá se pode encontrar e fazer, a Festa do Avante! é a festa da juventude, onde há espaço e tempo para os encontros felizes, para a molhada nos concertos, para as conversas prolongadas, para o barulho preferido, para os amores, para as noites quase intermináveis, antes do último a adormecer fechar a tenda.
Na Festa não faltam os sonhos e anseios e a realidade da vida e da luta dos jovens está presente em debates e exposições: a defesa da paz, do ambiente e de todas as formas de igualdade.
A Cidade da Juventude, espaço construído e dinamizado pela JCP, é o ponto nevrálgico para os mais jovens que visitam a Festa! Mesmo junto ao relvado do Palco 25 de Abril conta, todos os anos, com um programa de debates, exposições, performances e muita música."
o livro na FESTA
"A Festa do Livro é um canto especial da Festa do Avante! é uma grande celebração do livro e da leitura. Estão presentes dezenas de editoras, milhares de livros de todos os géneros, e uma programação de conversas com autores, fazedores de livros e leitores."
segunda-feira, 28 de julho de 2025
o Cinema na FESTA
"Como o cinema também vive de conversas, propomos uma programação de filmes acompanhada pela presença dos seus autores, abrindo espaço de discussão e reflexão, salientando, não apenas a importância do trabalho invisível escondido na aparência da imagem, como o seu impacto na nossa percepção da história e no modo como encaramos o presente."
quinta-feira, 24 de julho de 2025
declínio anunciado
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imagem retirada da internet |
As civilizações não colapsam de um dia para o outro, a sua decadência vai-se instalando. Há, contudo, sinais de declínio tão evidentes que só a cegueira voluntária impede o seu reconhecimento. A insistência em estratagemas de domínio apenas irão acelerar um desfecho catastrófico. O chamado Norte Global, tendo como principais protagonistas os EUA, a União Europeia (UE) e o Reino Unido, atravessa uma crise profunda, de contornos económicos, sociais, políticos e estratégicos. Os pilares da hegemonia construída no pós-guerra, mas com as velhas caraterísticas imperiais e coloniais, há muito começaram a ceder. E o mundo é muito mais do que o Norte Global, ou seja, à sua volta tem havido alterações substantivas que, salvo melhor e douta opinião, não têm sido devidamente atendidas e a insistência na supremacia eurocêntrica e atlantista está a corroer as instituições. Veja-se o descrédito, devido à subserviência da Comissão Europeia e do Conselho Europeu ao capital financeiro dos oligopólios e à política externa dos EUA, mormente, no caso da questão ucraniana e da Palestina ocupada.
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imagem retirada da internet |
Um outro fator está relacionado com a desindustrialização iniciada nos anos 1980, processo que esvaziou comunidades inteiras, provocando a degradação das condições de vida e o colapso da chamada classe média. A economia produtiva foi substituída por um modelo centrado nos serviços, finanças e tecnologia, altamente lucrativo para poucos e estruturalmente desigual. Os resultados desta opção são bem visíveis: precariedade, pobreza urbana, desigualdade crescente e um mal-estar social que alimenta fenómenos políticos populistas e disruptivos.
Numa tentativa pouco eficaz para travar os efeitos da desindustrialização, os EUA optaram por políticas protecionistas, as famosas taxas sobre as importações, tentando assim um regresso à economia produtiva, mas os resultados têm sido escassos e o regresso à industrialização demora o seu tempo, o capital prefere (quer) lucros fáceis e rápidos, por outro lado os efeitos mais visíveis da política protecionista são: o aumento dos preços, o aumento da pobreza e da exclusão social e uma disfunção nas cadeias de abastecimento.
A desdolarização é já um dado adquirido, e este deveria ser um dos fatores mais preocupante para os EUA. A celebração de acordos comerciais em moedas próprias, no âmbito do BRICS alargado, mas não só. A moeda estado-unidense está a perder o seu estatuto de referência e à medida em que esse fenómeno crescer os EUA irão enfrentar sérias dificuldades para suportar o seu défice externo e o nível de vida assente no consumo financiado pelo endividamento.imagem retirada da internet
Por estas longitudes e latitudes, isto é, na outra margem do Atlântico a União Europeia mostra-se incapaz de definir um rumo próprio. A resposta à guerra na Ucrânia foi marcada por um alinhamento cego com Washington. A rutura energética com a Rússia, compensada por importações de gás natural liquefeito, sobretudo dos EUA, fragilizou a economia europeia, aumentando os custos energéticos e comprometendo a sua competitividade industrial. A opção da UE pela continuidade do conflito russo-ucraniano ao invés de procurar soluções diplomáticas para a sua resolução tem sido, e continua a ser, um sorvedouro de recursos públicos. A economia da UE já debilitada, em grande medida pela questão russo-ucraniana e pelo efeito boomerang das sanções à Rússia, que o 18.º pacote vai agravar, desde logo, com a proibição da importação de fertilizantes russos, e a economia na UE vai-se afundando a um ritmo preocupante. Vejam-se também os cortes no apoio à agricultura para continuar a financiar a guerra na Ucrânia, bem assim como os cortes na coesão social.
A UE renunciou, na prática, a uma política externa autónoma. A dependência da NATO, cada vez mais orientada pelos interesses estado-unidenses, impede uma política externa europeia própria. A diplomacia perdeu voz, e a russofobia generalizada impede qualquer reconfiguração estratégica a leste. A UE, economicamente poderosa e aparentemente uma referência de liberdade e de paz, tornou-se um ator político secundário no mundo multipolar em formação.
O atual momento da política internacional é mais, muito mais, do que apenas uma crise económica ou geopolítica, estamos à beira do colapso da legitimidade do modelo ocidental e não será difícil prever que essa derrocada irá provocar uma grande instabilidade mundial de consequências, algumas delas, imprevisíveis. As promessas de progresso e estabilidade, que animaram a ordem europeísta pós-Segunda Guerra Mundial, esgotaram-se com o recrudescimento do liberalismo e subsequente rescrição da história. Os pactos sociais que sustentavam a coesão interna foram rompidos. E os povos, sentindo-se traídos, oscilam entre a apatia e a radicalização à direita.
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O que está em causa não é apenas a perda de poder, mas a incapacidade de participar na construção de um novo mundo de respeito pela diversidade e de cooperação entre os povos. Os EUA persistem na lógica imperial, confiando na sua força militar e no dólar. A UE vacila entre a nostalgia do seu antigo papel colonial e imperial e no seguidismo cego dos interesses estado-unidenses. Mas o tempo das hegemonias unipolares é já passado.
O processo de estupidificação das massas, deliberado e tolerado, tem sido reforçado por dois instrumentos complementares: a comunicação social mainstream e as chamadas redes sociais. A primeira, largamente capturada por interesses corporativos e políticos, abdicou do seu papel informativo e crítico para se tornar numa caixa de ressonância das agendas e pensamento dominantes. O jornalismo de investigação foi substituído por narrativas superficiais, que misturam informação e entretenimento (infotainment), e ainda com campanhas de manipulação emocional dirigidas às crenças e com fortes apelos ao sentimentalismo.
As redes sociais, por seu turno, que poderiam constituir-se como espaços de pluralismo e mobilização, tornaram-se num laboratório de vício, desinformação e polarização. A lógica algorítmica privilegia o escândalo e a reação impulsiva, promovendo o ruído em vez da reflexão. A política transformou-se em espetáculo e os cidadãos em consumidores fragmentados, atolados num fluxo constante de irrelevância, medo e distração. Neste cenário condicionado pelos algoritmos e pela decadência da comunicação social mainstream, torna-se mais difícil resistir, pensar criticamente e, sobretudo, mobilizar para alternativas políticas que, verdadeiramente, estão centradas na dignidade humana e na salvaguarda do planeta. Mas, também, é sabido que as lutas nunca foram fáceis, mas continua a existir quem esteja disposto a lutar.
As alterações na ordem política mundial, face aos indicadores conhecidos, são irreversíveis, porém, não se espere que um Mundo novo, mais justo e humano, nos caia no regaço. Nunca assim foi, a única coisa que cai do céu é a chuva tudo o resto é resultado da luta organizada dos povos, esses sim, os grandes motores das transformações sociais da história da humanidade.
Ponta Delgada, 22 de julho de 2025
quarta-feira, 23 de julho de 2025
o Teatro na FESTA
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"O Avanteatro contará com uma programação diversa que trará à Festa do Avante! companhias mais experientes e companhias emergentes, profissionais do teatro de vários pontos do país e produções que dialogam com a actualidade a partir de abordagens criativas distintas e linguagens e temáticas variadas."
das dívidas
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Excerto de texto para publicação no Diário Insular e, como é habitual, também aqui no blogue momentos.
(...) Os EUA continuam a afirmar-se como a maior potência militar e tecnológica do planeta, direi que tenho algumas dúvidas que ainda assim seja, pois, essa superioridade já não corresponde à sua realidade interna. A dívida pública ultrapassa os 34 biliões de dólares, quando acabar este texto já terá aumentado algumas dezenas de milhões. O défice é estrutural e o financiamento externo, sobretudo através da venda de títulos do Tesouro, começa a mostrar fragilidades, à medida que alguns países reduzem a sua exposição à dívida estado-unidense. (...)
quinta-feira, 17 de julho de 2025
a corrida da FESTA
Permitir através da prática desportiva oportunidades de convívio e confraternização, amizade e solidariedade perante as contingências dos resultados da competição desportiva.
Proporcionar situações para compreensão do fenómeno desportivo e para defesa dos direitos dos cidadãos à prática do desporto.
Defender os valores do desporto quer como fenómeno de integração, quaisquer que sejam as origens sociais ou convicções políticas ou religiosas dos participantes, quer como contributo para a melhoria das suas condições de vida.
Divulgar a prática do desporto e particularmente a corrida, como elemento essencial, para a formação física das crianças e dos jovens, numa perspetiva educativa e para a manutenção da saúde do normal equilíbrio psicológico dos participantes.
Integrar e valorizar uma proposta alargada de prática de desporto num programa vasto, rico e diversificado de um grande acontecimento cultural e político que é a Festa do Avante!."
domingo, 13 de julho de 2025
bom senso ou senso comum
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foto de Paulo. R Cabral |
O senso pode ser comum, ou bom. O senso comum nem sempre é sinónimo de bom senso e os dicionários da língua portuguesa estabelecem as diferenças com rigor.
Bom senso - equilíbrio nas decisões ou nos julgamentos em cada situação que se apresenta; senso comum - conjunto de opiniões ou ideias que são geralmente aceites numa época e num local determinados; (in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa).
O bom senso implica, necessariamente, a reflexão, o pensamento e a capacidade de análise para tomar decisões. O senso comum exprime opiniões que, embora, aceites como verdades pela generalidade dos cidadãos, nem sempre, ou quase sempre, transmitem factos devidamente comprovados.
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Outros ditados populares tendem a induzir inação como, por exemplo: “cada macaco no seu galho”. Ou seja, se o meu lugar é aquele não posso, ou não devo, procurar um galho que me não foi predestinado. Se o entendimento for este, e o senso comum assim o expressa, o resultado será a aceitação acrítica de que nada poderei fazer para mudar de galho o que inibe qualquer iniciativa individual ou coletiva de mudança transformadora, direi que, este dito se pode articular com um outro: “sempre assim foi e assim será”; este dito popular reforça a ideia de aceitação de algo que foi predestinado. Mas se há coisas que sempre assim foram e assim serão, muitas outras, por não obedecerem à ordem natural das coisas, podem ser alteradas e transformadas.
O senso comum aparenta ser inócuo e neutro, mas se atentarmos ao discurso ideológico dominante, que se afirma como despido de qualquer ideologia, constatamos que, tal como demonstrou o filósofo Antonio Gramsci, o senso comum tem um carácter ideológico. Segundo Gramsci o senso comum é um modelo de filosofia espontânea das massas, assente em fragmentos de religião, moral, experiência, mas, sobretudo, do pensamento veiculado pelo poder dominante. O senso comum aceita as desigualdades como algo natural, legitima as injustiças e reproduz ideias feitas. O senso comum parecendo, como já foi referido, neutro raramente o é.
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A sua eficácia reside no facto de parecer distanciar-se de qualquer ideologia. Expressões que ouvimos com frequência da boca de alguns protagonistas políticos, que têm vindo a registar um expressivo crescimento eleitoral, como por exemplo “os beneficiários do RSI são uns malandros e vivem à custa de quem trabalha”, ou ainda “os imigrantes estão a ocupar o que é nosso”, estas e outras expressões que não tendo nenhum fundamento pois, como sabemos existem muitos beneficiários do RSI que trabalham, mas o salário é tão baixo que o agregado familiar é apoiado com esta medida social, por outro lado, um dos principais alvos deste apoio são pensionistas e crianças, ou seja, a maioria dos beneficiários do RSI são os trabalhadores que empobrecem a trabalhar, os cidadãos idosos com uma longa vida de trabalho e, por outro lado as crianças que não podem, naturalmente, trabalhar. Quanto à população migrante é igualmente do domínio público que o saldo das contribuições para a segurança social é positivo, constituindo-se mesmo como determinante para a sua sustentabilidade, isto sem referir a importância demográfica que representam. Os imigrantes são tudo menos um perigo para a segurança pública, aliás como os relatórios o comprovam, bem como, se possuidores de direitos sociais e laborais, não representam nenhum tipo de competição no mercado de trabalho.
Os discursos assentes no senso comum alicerçam-se em crenças e emoções, ou seja, não têm uma base crítica e científica o que torna o discurso permeável em largos setores da sociedade pouco dada à desconstrução do discurso político sem conteúdo e cheio de lugares-comuns, por isso são tão eficientes na manipulação da opinião pública mergulhada num nevoeiro informacional que as redes sociais ampliam. Autores como Louis Althusser e Pierre Bourdieu também exploraram esta dimensão do poder simbólico e da interiorização de esquemas mentais que moldam a forma como vemos o mundo. O senso comum funciona como um espelho deformado: devolve-nos uma imagem da realidade já filtrada por interesses, preconceitos e hierarquias invisíveis. É uma pedagogia silenciosa da resignação.
Nos dias de hoje, este campo tem sido particularmente explorado pela extrema-direita, que soube apropriar-se do senso comum para lhe dar roupagens novas. Ao discurso simples, direto e “anti-intelectual” junta-se o apelo à emoção, ao medo e à animosidade. É a linguagem do “bom povo” contra “as elites”, do “realismo” contra a “ideologia”, da “ordem” contra o “caos”. Mas o que, por vezes, parece bom senso é, na verdade, uma forma insidiosa de capturar o senso comum para projetos políticos autoritários ao serviço do capital sem rosto nem pátria.
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Imagem retirada da internet |
É neste contexto que a educação pública, a cultura e os media responsáveis assumem um papel decisivo. Promover o pensamento crítico não é um luxo pedagógico é, diria, um imperativo democrático. Ensinar a distinguir a opinião do facto, a argumentar com base em evidências e a desconfiar das verdades feitas é a melhor forma de combater a cristalização do senso comum. Do mesmo modo, a literatura, o teatro, o cinema ou a poesia, isto é, a cultura tem uma função que vai muito além do entretenimento: é um instrumento de libertação simbólica. A confusão entre senso comum e bom senso não é apenas uma questão semântica. É uma armadilha política. Num tempo em que crescem a desinformação, o populismo e o ódio como forma de mobilização, torna-se urgente resgatar o valor do pensamento crítico, da dúvida, da razão prática, ou melhor, do bom senso.
O bom senso não grita, não polariza, não humilha. Num tempo em que alguns se erguem em nome do “povo” para dizer barbaridades com ar de verdades absolutas, importa recuperar o bom senso como prática cívica e não como um eco acrítico do que se diz ou do que se acha. Porque, no fundo, não é o que “toda a gente diz” ou o que se “acha” que nos deve guiar, mas sim o que conseguimos pensar por nós mesmos, com base em factos, conhecimento e cultura.
Ponta Delgada, 8 de julho de 2025
terça-feira, 8 de julho de 2025
do senso
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Excerto de texto para publicação no Diário Insular e, como é habitual, também aqui no blogue momentos.
(...) Os discursos assentes no senso comum alicerçam-se em crenças e emoções, ou seja, não têm uma base crítica e científica o que torna o discurso permeável em largos setores da sociedade pouco dada à desconstrução do discurso político sem conteúdo e cheio de lugares-comuns, por isso são tão eficientes na manipulação da opinião pública mergulhada num nevoeiro informacional que as redes sociais ampliam. Autores como Louis Althusser e Pierre Bourdieu também exploraram esta dimensão do poder simbólico e da interiorização de esquemas mentais que moldam a forma como vemos o mundo. O senso comum funciona como um espelho deformado: devolve-nos uma imagem da realidade já filtrada por interesses, preconceitos e hierarquias invisíveis. É uma pedagogia silenciosa da resignação. (...)
domingo, 6 de julho de 2025
Álamo Oliveira - 1945-2025
com a alma molhada e uma tristeza
duvidosa escorrendo do olhar.
a tarde chegou de cabelos escorridos prometendo
deitar-se na cama da preguiça
sem vontade de se despir nem de tirar
os sapatos da angústia.
a vida sabe que não pode abrir a porta
e fugir para o outro lado do etéreo.
pobres e ricos caem como soldados vagabundos
na vala da vida. o catrapiler dos sonhos
cobrirá com pesadelos o mundo inteiro.
por isso vai amanhecer outra vez
com a vida cinzenta a alma molhada
e um olhar triste caindo como
as telhas da casa partindo-se.
Álamo Oliveira
quinta-feira, 3 de julho de 2025
mulheres Cherokee - a abrir julho
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mulher Cherokee - imagem retirada da internet |
Obrigadas a caminhar milhares de quilómetros rumo ao
desconhecido, as mulheres Cherokee mantiveram o seu povo unido. Cuidaram dos
filhos, enterraram os mortos e transmitiram, mesmo na dor, a memória e a força
da sua ancestralidade.