terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

O concurso e uma espúria aliança

Estranha aliança
O concurso extraordinário para recrutamento e mobilidade dos educadores e professores tem sido alvo de uma grande polémica e muitas contradições.
Conhecida é a posição do BE assumida na proposta inicial e, posteriormente na proposta de substituição integral, as duas propostas foram retiradas no fim da discussão da generalidade, como também é público. A proposta inicial foi de imediato assumida pelo PCP e pelo PS, ao abrigo do ponto 2 do art.º 118 do Regimento da ALRAA. Importa esclarecer porquê a primeira, e não a de substituição, porque antes da deputada do BE retirar as duas propostas já tinham dado entrada na Mesa da ALRAA e distribuídas a todos os deputados, propostas de alteração à proposta inicial do BE, sendo assim só fazia sentido a assunção, pelo PCP e pelo PS, da versão original.
Seguiu-se o que também é do conhecimento público, o CDS/PP secundado pelo PPM, abandonaram o plenário e a discussão, os trabalhos foram interrompidos. Na manhã seguinte, antes de se iniciar a discussão do diploma, o BE anuncia o abandono do Plenário e da discussão.
Não faço nenhum juízo sobre esta tomada de posição pois esse juízo cabe em primeira e última instância ao Povo Açoriano.
Face ao que é conhecido, ou seja, as propostas do BE, o diploma que foi subscrito e aprovado pelo PCP, pelo PS e a abstenção do PSD, que participou nos trabalhos tendo apresentado 3 propostas de alteração, resta conhecer a posição do CDS/PP e do PPM sobre o conteúdo do Regulamento do Concurso Extraordinário.
É conhecida a posição sobre a forma e o processo, aliás é sobre isso que o PPM e o CDS/PP têm alimentado a comunicação social e conseguido primeira páginas e manchetes de jornal, mas é legítimo que o Povo açoriano e, designadamente, todos os educadores e professores da RAA conheçam a posição do CDS/PP e do PPM em relação à matéria de facto. Mas não, sobre as posições do Regulamento do Concurso, Nada. Digamos que em relação ao PPM não será difícil adivinhar, o deputado Paulo Estêvão tem património de intervenção em matéria de Educação de uma forma geral e sobre concursos, em particular. Quanto ao CDS/PP é mais difícil tentar qualquer exercício para perceber o que pensa o CDS/PP sobre o concurso extraordinário de educadores e professores.
Uma coisa é certa o concurso extraordinário vai atrasar-se devido ao comportamento do CDS/PP, do PPM e do BE e é as estes partidos que os educadores e professores têm de pedir responsabilidade por essa demora. 
Estranho mesmo é a comunicação social regional, cujo nobre objeto é informar, ainda não ter perguntado quer ao PPM, quer ao CDS/PP qual é a sua posição sobre o Regulamento do Concurso Extraordinário. 
Mas isso sou eu que acho estranho, as redações têm os critérios editoriais que tudo justificam.

Ponta Delgada, 25 de Fevereiro de 2014

1 comentário:

Professora Efetiva disse...

Acho muito bem que sejam os professores já no quadro os primeiros a concorrer. Já andam há muitos anos longe das suas residências, famílias e noutras ilhas. As vagas que sobrarem, fora de S. Miguel e Terceira, quero ver se vão ser ocupadas pelos contratados que estão na região...