segunda-feira, 12 de agosto de 2019
domingo, 11 de agosto de 2019
Priscilla Faia - a abrir Agosto
![]() |
imagem retirada da internet |
Priscilla Faia nasceu em Victoria, British Columbia, Canadá.
É atriz e escritora.
O seu desempenho na popular comédia romântica “Me You Her”, cujo tema central é o poliamor, popularizaram esta simpática e linda canadiana.
quinta-feira, 18 de julho de 2019
Até sempre André (1970-2019)
![]() |
André Bradford by Rui Soares |
O tema não vem agora ao caso, muitos outros debates se lhe seguiram. Não nos ficámos apenas pela discussão política em diferentes palcos.
Ao longo dos anos foi-se instituindo o respeito mútuo, a proximidade e algumas cumplicidades. Evitei a palavra amizade, mas o André sabia-o. Sabia que podia contar com a palavra e o compromisso institucional, sabia que comigo nunca haveria lugar a outra atitude que não fosse a de cultivar o respeito, proximidade e admiração mútua. Se isso é amizade, então que o seja.
Não se pense que os nossos diálogos públicos e privados eram, como poderá parecer do que até então foi dito, formais e desprovidos de humor. Quem conheceu o André, mas também quem me conhece sabe que isso não era, de todo, possível.
E é assim que quero recordar o André.
Um homem culto e com um apurado sentido de humor com quem partilhei alguns bons momentos. Momentos de confronto de ideias, momentos de boa disposição e onde riso despontava com naturalidade.
Não posso deixar de endereçar algumas palavras a quem fica, a quem lhe é próximo por afinidade política, afinal o André era um dos mais proeminentes dirigentes e quadros políticos do PS Açores, mas também algumas palavras a quem, por amor e laços de sangue, sente como ninguém a sua precoce partida.
Ao PS Açores endereço as minhas sentidas condolências pelo falecimento do Dr. André Bradford.
À Dulce, sua mulher, e aos seus filhos direi que a consternação e o pesar pela súbita partida do André invadiram o meu dia. Dia que tinha despertado azul luminoso e, ao fim da manhã de chumbo se acinzentou.
Para ti Dulce e para os filhos do André fica todo o meu carinho e solidariedade neste momento de dor,
Até sempre André!
Ponta Delgada, 18 de Julho de 2019
segunda-feira, 15 de julho de 2019
As ondas da modernidade - crónicas radiofónicas
![]() |
Foto by Aníbal C. Pires |
Do arquivo das crónicas radiofónicas na 105 FM
Esta crónica foi para a antena a 16 de Fevereiro de 2019 e pode ser ouvida aqui
As ondas da modernidade
Os espaços públicos na proximidade do mar têm valor em si mesmo. Ou melhor, os espaços naturais não necessitam de adereços para serem atrativos, o seu valor é inerente à sua condição. Há quem prefira a proximidade do mar e há quem prefira passear pelos matizes de verde.
Venha dai comigo hoje. Vamos até à beira mar.
Procuramos a praia para usufruir de um banho de mar, de um pouco de Sol, de uma esplanada pela manhã, ao fim da tarde, à noite.
O encanto da beira-mar reside no que é natural, mormente, nos sons.
Como muitos outros cidadãos procuro junto ao mar alguns momentos de serenidade e de fruição do que a natureza tem para oferecer, e, diga-se que por estas latitudes ela foi bem pródiga.
Há algum tempo um visitante expressava todo o encantamento que sentiu, após uns dias de estadia nos Açores, desta forma singela: - “Deus passou por aqui”. Esta expressão diz bem como os Açores foram bafejados por um património natural invejável e singular.
Um destes dias fui à procura do sossego do fim de tarde num espaço público junto ao mar. Como companhia um livro e determinado com o enorme desejo de fruir da luz aprazível do crepúsculo, da suavidade do marulhar das ondas espraiando-se de encontro à ilha.
Ia preparado para outros sons, sons de conversas sussurradas a entrecortar as toadas do entardecer de um dia de Verão.
![]() |
Foto by Aníbal C. Pires |
Olhei ao redor e não me pareceu, na expressão de quem por ali estava, que a “música” que nos era oferecida fosse do agrado de alguém, não pela “música” em si mesmo, mas por que “aquilo” estava a mais e feria de morte os naturais ruídos de um fim de tarde à beira mar.
As ondas da modernidade bacoca que varrem a Região aculturam as gentes, moldam os comportamentos e deformam a paisagem da qual os sons também são parte.
Mas isto sou eu que digo, que costumo remar contra a maré.
Não é fácil, mas eu continuo a insistir que pode ser diferente, muito diferente, e, sobretudo, um permanente desafio do qual não penso abdicar. É porque é muito mais interessante.
Foi um prazer estar consigo.
Volto no próximo sábado e espero ter, de novo, a sua companhia.
Até lá, fique bem.
Aníbal C. Pires, Ponta Delgada, 16 de Fevereiro de 2019
domingo, 7 de julho de 2019
Atividade física e saúde - "Os Porquês?, na SMTV
![]() |
Foto by Paulo Melo |
Para ver ou rever a edição número 27 do programa “Os Porquês?”, na SMTV.
atividade física, saúde e natureza
Foi para a antena no dia 1 de Maio de 2019
sábado, 6 de julho de 2019
De novo os transportes aéreos, Haja paciência.
![]() |
Foto by Aníbal C. Pires |
As masturbações políticas à volta dos transportes aéreos
para o Faial e Pico tiveram esta semana mais um episódio.
A ALRAA, por proposta do CDS/PP, aprovou por unanimidade um
Projeto de Resolução que reza o seguinte:
“A Assembleia Legislativa Regional dos Açores, recomenda
ao Governo Regional que promova as diligências necessárias, junto do Governo da
República, no sentido de operacionalizar o regresso daquela transportadora à
efetivação da ligação aérea entre a ilha do Faial e Lisboa, bem como entre a
ilha do Pico e Lisboa.”
Digamos que nada tenho a obstar, mas esta iniciática do
CDS/PP que todas as bancadas mastigaram e digeriram, sem contestação, merece
dois comentários, a saber:
1 – A TAP abandonou as rotas durante o processo de
privatização. Privatização da responsabilidade do Governo do PSD e do CDS/PP,
aliás o Ministro da Economia, que tutelava os transportes, era um destacado
militante e dirigente do CDS/PP, o Dr, Pires de Lima, sendo Secretário de Estado
dos Transportes um militante do PSD, o Dr. Sérgio Monteiro, ou seja, os dois obreiros
do atual modelo de transportes aéreos para Região e, também com grandes
responsabilidades no processo de privatização da TAP;
2 – Nos considerandos do Projeto de Resolução, proposto pelo
CDS/PP, pode ler-se: “Considerando que, na sequência da reversão do processo
de privatização, o Governo da República é, atualmente, acionista de 50% da TAP
Air Portugal.”, ou seja, para o CDS/PP, um indefetível defensor do menos
Estado melhor Estado, afinal vem aqui contrariar esse princípio e apelar à
intervenção do Estado. Vá-se lá entender.
Dir-me-ão que existem imposições estatais, isto é, que
outras companhias aéreas não podem operar para o Faial e para o Pico, e eu
direi, Não é verdade.
![]() |
Imagem retirada da internet |
Se no caso do Faial não tenho memória da existência, no
passado recente, de voos charters de outras companhias aéreas, estou bem
lembrado de que, não há muito tempo, existiu uma operação charter da TUI que
ligava a Holanda ao Pico. Digamos que chega de falta de rigor nas afirmações
que são feitas a este propósito.
O que pode ser considerada uma limitação decorre da
existência de Obrigações de Serviço Público (OSP), para o Faial, Pico e também,
Santa Maria.
A liberalização das rotas e não a abertura do espaço aéreo,
esse há muito que está aberto, é que poderá ter tornado atrativo, para outras
companhias aéreas, as rotas para S. Miguel e para a Terceira. Sabemos, contudo,
que nem sequer foi a atratividade que trouxe para Ponta Delgada e para as Lajes
as companhias aéreas de baixo custo. Se outros dados não se procurarem,
encontrem-se nas razões do abandono da rota LIS/PDL/LIS pela Easyjet e depressa
concluímos que talvez não tenha sido bem a atratividade comercial o motivo da
permanência de, por exemplo, a Ryanair nestas duas rotas.
![]() |
Foto by Aníbal C. Pires |
É um facto que as irregularidades operacionais da operação
aérea que liga o Pico e o Faial a Lisboa têm, objetivamente, prejudicado o
direito à mobilidade dos açorianos que as utilizam, bem assim como a atividade
turística no triângulo. Mas a história é o que é, quem faz a operação é a SATA,
não por vontade própria, mas porque a isso foi “obrigada”.
Ninguém quis aquelas rotas, quiçá por terem OSP. Então
liberalizem-se, dirão. Sim liberalizem-se, mas não exijam à Região e ao Estado
mais do que o pagamento do subsídio social de mobilidade aos passageiros
residentes. É que a inexistência de OSP é isso mesmo, não existem obrigações de
quem presta o serviço. Se é isso que se pretende, Então força, e acaba-se de vez com o problema.
Existem outros aspetos que merecem atenção e reflexão e a
eles voltarei. Mas que se continua a atirar “areia para os olhos” dos interessados,
lá isso continua. E quem a atira não é apenas quem detém as responsabilidades
políticas na Região, seja o poder, seja a oposição. Por vezes são os próprios interessados que se deixam levar no entusiasmo do momento.
Aníbal C. Pires, Ponta Delgada, 06 de Julho de 2019
sexta-feira, 5 de julho de 2019
Mulheres do Mundo - a abrir Julho
![]() |
Foto de Mihaela Noroc |
Com os votos de um excelente mês de Julho.
A beleza feminina para lá da geografia e da idade. Um projeto fotográfico de uma mulher que procura desconstruir os estereótipos da beleza feminina que nos são "vendidos" pela cultura instalada nas corporações mediáticas.
"Mihaela Noroc é uma fotógrafa romena que passou os últimos quatro anos a fotografar mulheres por todo o mundo, mostrando que a beleza que não é apenas o que se vê nos mídia ou nas redes sociais, mas sim a diversidade!"
sábado, 8 de junho de 2019
Um arquipélago dentro da ilha: os Açores em Santa Catarina - crónicas radiofónicas
![]() |
Imagem retirada da internet |
Do arquivo das crónicas radiofónicas na 105 FM
Esta crónica foi para a antena a 9 de Fevereiro de 2019 e pode ser ouvida aqui
Um arquipélago dentro da ilha – os Açores em Santa Catarina
![]() |
Imagem retirada da internet |
Entrar em algumas das Casas dos Açores espalhadas pelas Américas do Norte e do Sul é como viajar no tempo e no espaço, e retornar à origem.
As primeiras gerações de imigrantes, em particular os homens, têm tendência a recriar os espaços e os hábitos do seu território de origem, ou seja, a cristalizarem a sua matriz cultural e a estabelecer uma barreira à influência da cultura, ou culturas, que coexistem nos lugares de acolhimento. De uma forma mais ou menos consciente esta atitude de recusa da assimilação relaciona-se diretamente com a ideia do regresso, que nem sempre acontece, mas também com a procura de equilíbrios que lhes permitam suavizar a saudade.
O tempo encarrega-se de romper barreiras e a miscigenação cultural, naturalmente, acontece. As festas do Divino Espírito Santo, quer na América do Norte, quer no Brasil, foram-se apropriando de outros elementos culturais. Mantendo a matriz original recriaram-se e adaptaram-se aos territórios de acolhimento. Também no território de origem se registam alterações aos ancestrais rituais sem que essas mudanças alterem a génese e objeto da celebração e da devoção do Divino.
![]() |
Imagem retirada da internet |
Na ilha de Santa Catarina, no Sul do Brasil, a presença de açorianos e dos seus descendentes data de há mais de 2 centenas e meia de anos. As marcas e símbolos da sua presença encontram-se na arquitetura, culinária, tradições, lendas, histórias, modo de falar, religião, de entre outras manifestações culturais que viajaram com os casais açorianos que povoaram Santa Catarina a partir dos meados do século XVIII.
As localidades de Santo António de Lisboa, Lagoa da Conceição e o Ribeirão da Ilha são das mais antigas da ilha de Santa Catarina e onde as marcas do povoamento açoriano serão mais evidentes.
E foi na Costa da Lagoa da Conceição, um dos redutos catarinenses dos descendentes açorianos, que foi rodado o filme “A Antropóloga”, do cineasta Zeca Nunes Pires. Não sei qual a ligação de Zeca Pires aos Açores, mas para um catarinense as marcas e símbolos de origem açoriana não serão, de todo, indiferentes.
![]() |
Zeca Pires (imagem retirada da internet |
A “Antropóloga”, ao que sei, nunca passou nas salas de cinema, nem nos cineclubes açorianos, embora, ao que me informaram tenha tido algum apoio do Governo Regional, através da Direção Regional das Comunidades. Mas, no fundo, nem é disso que se trata: retorno do investimento público à produção cultural. Em boa verdade trata-se de conhecer um produto cultural produzido no sul do Brasil cuja inspiração está ancorada nos costumes ancestrais do povo açoriano.
Fica o desafio para que o filme e o cineasta possam vir aos Açores no quadro das pontes que se têm construído entre a Região e as comunidades da nossa diáspora e que se destinam à circulação, nos dois sentidos, dos produtos culturais de inspiração açoriana.
Foi um prazer estar consigo.
Volto no próximo sábado e espero ter, de novo, a sua companhia.
Até lá, fique bem.
Aníbal C. Pires, Ponta Delgada, 09 de Fevereiro de 2019
sexta-feira, 7 de junho de 2019
Conhecer os códigos culturais - "Os Porquês?", na SMTV
![]() |
Foto by Madalena Pires |
Para ver ou rever a edição número 26 do programa “Os Porquês?”, na SMTV.
conhecer o outro
Foi para a antena no dia 24 de Abril de 2019
quarta-feira, 5 de junho de 2019
Com tempo e atento - crónicas radiofónicas
![]() |
Foto by Madalena Pires |
Do arquivo das crónicas radiofónicas na 105 FM
Esta crónica foi para a antena a 2 de Fevereiro de 2019 e pode ser ouvida aqui
Com tempo e atento
![]() |
Foto by Aníbal C. Pires |
A quantidade de lixo informativo é imensa e não provém apenas das redes sociais, a comunicação social instituída e que a maioria dos cidadãos tem como referência é, igualmente, responsável por muito do lixo informativo impresso, mas também difundido pelas rádios e televisões, bem assim como pelo recurso às plataformas digitais disponíveis que servem, também de suporte, às redes sociais. Ou seja, para estar informado, bem informado é preciso despender tempo e, sobretudo, estar atento.
Não estou a exagerar. A difusão de informação confere poder à comunicação social de massas. Poder que nem sempre é utilizado para informar, aliás é-o quase sempre para formar e modelar as consciências. Porquê, Pois bem, porque o poder da comunicação social, mesmo o setor público, está submetido aos interesses do poder económico e financeiro. Poder a quem interessa ter uma mole imensa de cidadãos a pensar e a consumir dentro de parâmetros pré-estabelecidos e que servem para beneficiar o tal poder económico e financeiro.
Se argumentar que no setor público não será bem assim, não vou contra-argumentar, embora não esteja seguro de que o não seja, por outro lado dir-me-á que o setor público está liberto das imposições do mercado e não existe motivo para que a informação e os conteúdos produzidos sejam condicionados a interesses alheios ao interesse público. E eu direi, Assim deveria ser, mas não é o que realidade nos demonstra diariamente. De facto, e, ao invés do que seria desejável e expetável, os critérios editoriais e os conteúdos pouco, ou nada, se diferenciam das abordagens feitas pelo setor privado, claro que estou a referir-me, em particular, à radio e à televisão, mas não só.
![]() |
Imagem retirada da internet |
A opinião constrói-se com base na informação disponível, mas também da forma como a conseguimos descodificar e entender. E, o que não falta por aí é manipulação da informação com base no pressuposto que a generalização da estupidificação já foi conseguida. E, em boa parte esse objetivo, dos “donos disto tudo”, já foi conseguido com o beneplácito do poder político que lhe é submisso.
Foi um prazer estar consigo.
Volto no próximo sábado e espero ter, de novo, a sua companhia.
Até lá, fique bem.
Aníbal C. Pires, Ponta Delgada, 02 de Fevereiro de 2019
Subscrever:
Mensagens (Atom)