terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Afinal o "vómito" não foi de João Duque. Diz ele

João Duque, o Professor do ISEG que o ministro Relvas nomeou para coordenar o Grupo de Trabalho para a definição do conceito e serviço público de comunicação social, Grupo de Trabalho que pariu aquele chorrilho de asneiras que se assemelham a um vómito neoliberal do invertebrado José Manuel Fernandes, o Professor João Duque, dizia eu, declinou o convite para ser ouvido pela Comissão de Assuntos Parlamentares, Ambiente e Trabalho (CAPAT).
Isto depois de várias tentativas de conciliação de datas entre o Presidente da CAPAT, o deputado Hernâni Jorge, e o Coordenador e, como tal primeiro responsável pelo tal “vómito”. Tentativas frustradas como se veio recentemente a comprovar quando João Duque resolveu, finalmente, declinar o convite tendo como base a sua ignorância sobre o assunto, ou seja, segundo as suas próprias palavras em ofício enviado à CAPAT, da qual sou membro. Diz então o Professor João Duque:
(...) Salvo melhor opinião, entendo que a prestação de declarações ou esclarecimentos enquanto primeiro subscritor e ex-coordenador do referido Grupo de Trabalho não terá o mérito de esclarecer sobre quaisquer questões substantivas ou materiais no âmbito do trabalho desenvolvido pelo Grupo de Trabalho dado que, como é publicamente conhecido, a minha maior intervenção neste Grupo de Trabalho se processou apenas pela sua coordenação administrativa e pela vertente económica que alguns dos temas envolvem. (...)Diz ainda o solidário ex-coordenador depois de ter sacudido a água do capote:
(...) parece-me que a Comissão Parlamentar (...) ficaria melhor esclarecida sobre qualquer tema ou assunto relativo ao Grupo de Trabalho para a definição do conceito e serviço público de comunicação social se procedesse à audição de outras individualidades com reconhecido mérito científico na área da comunicação social e também componentes do Grupo de Trabalho que, ao contrário de mim, com formação exclusiva na área económica, têm formação científica específica na área. (...)

Ora aí está! O Professor Doutor João Duque não só se remeteu à sua condição “comissário político-administrativo”, assumindo a sua ignorância sobre o tema, como demonstrou uma total falta de solidariedade com os restantes membros do grupo de trabalho que coordenou.
Julgo que isto diz alguma coisa sobre a personalidade de João Duque, por outro lado e no que me diz respeito enquanto Deputado membro da CAPAT dispenso os conselhos deste “testa de ferro” do ministro Relvas. Votei favoravelmente a audição de João Duque e voltaria a fazê-lo e, se entendesse que depois de o ouvir sobravam dúvidas, certamente, proporia a audição dos tais “especialistas” que João Duque aconselha na missiva que enviou à Comissão.
Apesar de confessar a sua ignorância sobre o assunto João Duque não se coibiu de tecer considerações e comentário sobre o “vómito”, como se pode comprovar aqui, aqui e aqui e em muitos outros registos.
E assim vai este país e esta democracia!

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