quinta-feira, 8 de outubro de 2015

CDU - a marcar a agenda política nacional

No rescaldo eleitoral da noite do dia 4 a CDU aparecia como a força política derrotada. Tinha sido ultrapassada pelo BE, como se o BE fosse o adversário e como se fosse a primeira vez que tal sucedia, e não tinha conseguido os seus objetivos eleitorais. Não faltaram as habituais críticas ao discurso pós eleitoral de Jerónimo de Sousa por não ter admitido a derrota e até por afirmar que a CDU tinha contribuído para a derrota das políticas de direita.
Na manhã seguinte e depois de assentar a poeira mediática começou a perceber-se que afinal a CDU até tinha tido um resultado positivo. A CDU aumentou o número de votos, aumentou o seu peso relativo e, veja-se só, elegeu mais um deputado. Mas não só, os resultados ditaram que a maioria dos eleitores rejeitaram a coligação PSD/CDS ao conferirem ao PS, ao BE e à CDU a maioria dos votos e dos deputados eleitos, ou seja, rejeitaram a política de direita e de austeridade que e abateu sobre os portugueses nos últimos anos. Se na CDU queríamos mais, certamente que sim. Ao longo dos últimos 4 anos fomos (PCP e PEV) quem mais produziu na Assembleia da República e quem mais lutou contra a política de direita nas ruas, avenidas e praças deste país, queríamos e merecíamos mais.
Mas o mais importante estava para vir. A tal força derrotada, contrariando tudo e todos, marcou a agenda política, desde logo com o desafio para a formação de um governo de esquerda a que corresponde a maioria de esquerda no Parlamento de onde resultaram alterações nas posições políticas de alguns partidos proferidas no calor da noite eleitoral, por outro lado e face à indefinição quer do PS quer da própria direita, o PCP anunciou hoje o seu candidato à Presidência da República, apenas uma correção o candidato tendo sido apresentado e apoiado pelo PCP será o candidato de quem lhe quiser expressar apoio político e eleitoral.
Sei que a minha opinião sobre o Edgar Silva será sempre desvalorizada por sermos ambos militantes do PCP assim não tecerei comentários sobre o que penso dele para lá da sua condição de militante comunista direi apenas, socorrendo-me do excerto de um texto que publiquei faz algum tempo, que o Edgar faz parte daquele número restrito de homens que me maravilha.
E sobre esses homens, onde incluo o Edgar Silva, disse em 2014 (…) Todos os homens, é certo que uns mais do que outros, me merecem respeito, mas nem todos granjeiam a minha admiração, apenas um número muito reduzido me maravilha. (…)

Sem comentários: