Em Abril
As lágrimas
Soltaram-se
Dos teus olhos
Rolaram pela tua face
O choro embargou-te a voz
Mas o teu semblante
Irradiava uma alegria incontida
Abraçaste-me, Mãe
Chorei contigo
A tua exultação prenunciava
Que os teus receios, os teus medos
Que cresciam comigo
Findavam
Naquele Abril
Sabes, Mãe
Nunca mais deixei
De celebrar o teu Amor em Abril
E... por Ti, Mãe
Fiz-me um dos homens
Que Nunca
Nunca deixarão
Abril morrer
3 comentários:
Bonita homenagem à tua mãe, Aníbal!
Lindo, o teu poema!É por existirem homens como tu que Abril será eterno.
"Há homens que lutam um dia, e são bons;
Há outros que lutam um ano, e são melhores;
Há aqueles que lutam muitos anos, e são muito bons;
Porém há os que lutam toda a vida
Estes são os imprescindíveis"
B. Brecht
Muito bonito o poema, e a avó foi, é, e sempre será uma grande mulher, pelo que me contas pelo que com ela vivi, só tenho boas recordações das vivências que tive com os avós "do Palvarinho".
Temos sempre de nos recordar que, apesar de tudo o que nesta vida nos acontece ou corre mal, temos é de seguir em frente conseguir ser alguém interveniente nesta sociedade cada vez mais "fria", e, como tu disseste nuncaa deixar Abril morrer.
Tenho, deveras orgulho no pai lutador, humilde e honesto que me "saiu na rifa".
Praticamente tudo o que sei hoje foi-me instruido por vós, meu pai, minha mãe, que apesar de tudo estão e sempre estarão bem lembrados!
Um grande abraço e um grande beijinho deste filho que te ama!
Grande João!
Patrícia
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