segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

Revisão do ECD

Na passada semana o Parlamento discutiu e aprovou a revisão do Estatuto da Carreira Docente (ECD). Foi um processo em que a maioria fez “orelhas moucas” a mais de 4 dezenas de propostas de alteração propostas pelo PCP, PPM, CDS/PP e PSD aceitando apenas uma proposta do PSD e uma outra do CDS mas, o mais interessante foi ver a posição do BE abstendo-se de propor, de debater e de tomar posição independentemente da origem da proposta ou da sua importância para os docentes e para a defesa da Escola pública.
A ditadura da maioria “fez de conta” que reviu o ECD e o Bloco “fez de conta” que não tem grupo parlamentar. Aconselho vivamente, os educadores e professores, a lerem atentamente o diário das sessões deste período legislativo, não só, o debate da revisão do ECD, mas também, o debate e as declarações proferidas sobre a conta da Região relativa ao ano de 2006. Também aqui o Bloco não se pronunciou, optou por uma declaração sobre o estado… Não, não foi sobre o estado da Região, os bloquistas são muito para a “frentex”, para se perderem com coisas insignificantes, foram mais além… mais abrangentes e optaram por uma estruturada intervenção sobre a crise… em 2006.
Agora já consigo perceber a questão das mordomias dos deputados a que tanto se referiu a líder dos bloquistas quando da redução dos apoios para o trabalho parlamentar proposto e aprovado pela maioria PS. Para quem se abstém de propor e debater, e intervém a despropósito até a passagem de avião para ir ao Faial, sentar e levantar o rabinho no hemiciclo, é uma mordomia. Não, Talvez esteja a ser injusto com o grupo parlamentar bloquista. Recordei-me agorinha mesmo que a proposta de revisão da orgânica da Assembleia apresentada pelo Bloco acrescentava cerca de 200 mil euros às “mordomias” dos deputados, como se vê uma coisinha assim, tipo… “mais euro menos euro” mas que faria, por certo, toda a diferença, até porque e pensando bem no assunto o caviar é caro e convém manter o nível de parasitagem a que o Bloco nos Açores, como no continente, nos habituaram. Pois é! Devem ser aqueles 200 mil, mais euro menos euro, que está a fazer falta para animar a malta… do Bloco. Não utilizei a palavra esquerda articulada com Bloco porque fico sem saber qual o adjectivo que lhe coloco a seguir. Se moderna ou de confiança, se festivaleira ou outros para os quais já não disponho de espaço, de tempo e de paciência...
Aníbal Pires, IN Açoriano Oriental, 23 de Fevereiro de 2009, Ponta Delgada

2 comentários:

Anónimo disse...

Oh Senhor deputado!
Quando é que o PC começa a falar de si e se deixa dessa mania de falar do BE? Fica-lhe mal, você tem de fazer oposição é ao Governo. Quer que lhe ensine? Também pode pedir explicações ao seu camarada Decq Mota.
Então, o Sr. confessa, e ainda pede desculpa, em publico por não ter lido o calhamaço das contas da região e vem dizer que os outros não trabalham?

Ai estes políticos!

Nuno Moniz disse...

Gostava, sinceramente, que sua excelência, me explicasse a razão da apregoar o termo "parasitagem".
Acho que o PCP, com um quarto da força militante que tinha há quatro anos, devia preocupar-se mais em lutar, incentivar e participar (muito importante) por nome próprio nas lutas sociais que este país necessita. O que é que o PCP fez nos últimos anos que lhe dê estatuto para chamar "parasita" ao Bloco de Esquerda?
Vai-me desculpar, mas não é por razão nenhuma que o Bloco cresce, e neste momento se posiciona à frente do PCP.
É porque as pessoas já não se revêem no PCP, e o PCP está desfasado das pessoas.
São os "menos" do Estalinismo quando não está em poder.

Cumprimentos.