terça-feira, 21 de maio de 2013

Comandante Afonso - Insígnia Autonómica de Dedicação


Ontem, Dia dos Açores, em Sessão Solene realizada na Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores foram agraciadas, com Insígnias Autonómicas, um conjunto de personalidades e instituições.
Sem nenhum desprimor pelos restantes agraciados permitam-me este destaque a Francisco da Encarnação Afonso, o Comandante Afonso, aqui na foto acompanhado pela esposa, por três dos seus quatro filhos e uma neta, a Beatriz.


Aqui o Comandante Afonso (agraciado com a Insígnia Autonómica de Dedicação) acompanhado por Carlos César (agraciado com a Insígnia Autonómica de Valor), Francisco César e Vasco Cordeiro.

Sobre o Comandante Afonso e a sua história de vida muito há para dizer e um destes dias dedicarei tempo e espaço para abordar com maior profundidade a sua biografia, por hoje deixo-vos apenas uma breve nota biográfica.


Francisco da Encarnação Afonso nasceu a 24 de Setembro de 1931, na freguesia de Lagoaça, Concelho de Freixo de Espada à Cinta. 
Fez a escola secundária no Porto e, em 1951, foi admitido no curso de pilotos da Força Aérea Portuguesa, acabada de criar a partir da fusão da Aviação Naval com a Aeronáutica do Exército. Depois da pilotagem fez, mais tarde, o curso de navegador e o curso de instrução em aviões plurimotores. 
Concluído o curso de piloto foi colocado na Base Aérea da Ota e nas esquadras de aviões de caça, entre estas, nas primeiras que foram equipadas com jactos, o F84G.
Em 1965 veio para a Base Aérea das Lages, aonde se empenhou nas funções de transporte e de instrução de pilotos, iniciando-se a sua relação com os Açores que vieram a tornar-se a sua terra de adoção.
No Verão de 1966 teve um primeiro período de colaboração com a SATA, tendo depois sido requisitado à Força Aérea, entrando no quadro de pilotos da companhia em 1967.
A SATA de então dispunha de dois aviões De Havilland Dove com capacidade para 9 passageiros (que tinham chegado em 1949) e dois Douglas DC-3 Dakota (chegados em 1963) para 26 passageiros. Para estes aviões existiam apenas 4 pilotos.
Daí até ao que conhecemos nos dias de hoje, a SATA teve um enorme progresso, que a muitos se deve, mas, de entre eles, há que destacar o ora homenageado Cmdt Afonso, que esteve presente em todos os desenvolvimentos cruciais da SATA. Além de ter sido responsável pela Direcção das Operações de Voo durante mais de 20 anos e, de ter acumulado com as funções de piloto comandante, de instrução e verificação de pilotos, esteve também envolvido reestruturação da frota com a introdução dos Avro e posteriormente dos ATP. Na década de 80 esteve também envolvido na preparação dos aeródromos regionais do Pico, Graciosa, S. Jorge e Corvo, com vista à respectiva certificação e operacionalidade comercial. Em simultâneo com as actividades normais, também cumpriu um mandato como vogal do Conselho de Administração.

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