quarta-feira, 13 de janeiro de 2021

nada de novo em Sant’Ana

imagem retirada da internet
A Região, tal como o País e o Mundo, está a enfrentar um grave problema de saúde pública. A forma como regiões e países se posicionam no combate aos contágios e à doença provocada pelo Sars-Cov2, tendo aspetos que são comuns, é diferenciada. Não vou tecer quaisquer considerações sobre as diferentes estratégias de mitigação do contágio, e das respostas à necessidade de hospitalização e tratamento dos doentes de Covid19.

O que motivou este escrito foi a comunicação do Presidente do Governo Regional, Dr. José Manuel Bolieiro, sobre o reforço das medidas já em vigor.

A minha expetativa era alta, temos uma Autoridade Regional de Saúde independente e uma Comissão Especial de Acompanhamento da Luta Contra a Pandemia por Covid 19 (CEALCPC), também ela independente, um novo Diretor Regional de Saúde e um novo Secretário Regional a tutelar a administração da Saúde na Região, e têm-nos dito que nada vai ser igual ao passado próximo.

A comunicação do Presidente do Governo defraudou as minhas expetativas. Não foi tanto a confusão comunicacional, a isso já vou estando habituado, foi a ausência de novas e imperativas medidas. Sim novas medidas. O que foi anunciado foi apenas o reforço e adequação das que já estão em vigor, ou seja, mais restrições, mais proibições e mais fiscalização, esta última será, quiçá, a mais importante do reforçado pacote de medidas preventivas. As outras destinam-se a apoiar famílias, trabalhadores e empresas. Vou acreditar que sim.

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Face à evolução científica (a vacina) e à superestrutura montada para responder às exigências deste grave problema de saúde pública, sim estou a referir-me à independente Autoridade Regional de Saúde e à CEALCPC que funcionam no âmbito da Direção Regional de Saúde e do membro do governo que tutela a saúde, esperava mais. Esperava algo novo pois, foi essa a expetativa que foi criada. Mas não, tudo se resume a mais do mesmo, quer as medidas de prevenção dos contágios e, por conseguinte, do aumento da doença, quer as medidas de apoio social e empresarial.

O que é que eu esperava!? Pois bem. Esperava o anúncio da vacinação da generalidade da população, ou pelo menos a sua calendarização, esperava o anúncio do reforço dos meios do Serviço Regional de Saúde, esperava a adequação das infraestruturas de saúde pública para evitar situações de rutura na prestação de cuidados diferenciados de saúde.

Tratando-se de um problema de saúde pública com a gravidade deste, e passado que está quase um ano sobre o seu início, com alguns meses de acalmia e a disponibilização de vacinas, era legítimo esperar mais do que foi anunciado.


Aníbal C. Pires, Ponta Delgada, 13 de janeiro de 2021


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