A vontade expressa dos eleitores conferiu pela terceira vez consecutiva uma maioria absoluta ao PS Açores embora, não tão expressiva como a anterior e muito longe do resultado sonhado por César. Mas a vontade expressa dos eleitores açorianos, não a bondade democrática do PS Açores, coloriu o Parlamento Regional e, pelos vistos, isso incomodou a acomodada maioria que, ao que parece, lida mal com a pluralidade de opinião que o povo açoriano fez questão de ver representada na ALRAA.
Sobre o futuro do PS Açores pende uma enorme interrogação. Quanto mais se olha para a bancada do PS na Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores (ALRAA) e para o elenco do X Governo Regional chefiado por Carlos César mais nítidas ficam as dúvidas sobre o que, e quem, virá depois da actual liderança. Nem mesmo os jovens rostos que enfeitam a bancada socialista açoriana desvanecem as sombrias e carregadas nuvens que por ali pairam e que tão bem se espelham no semblante rosa-cinza do novel líder da bancada rosa. O PS, enquanto estrutura partidária, está moribundo. O próprio líder já não tem mão nas lutas intestinas pela conquista de posições para a corrida à sua sucessão. Se é que a Carlos César isso lhe interessa! Ou, talvez, seja isto mesmo que lhe interessa para sua própria satisfação pessoal e da nova ambição para os Açores!
O elenco de Secretários Regionais que constituem o X Governo Regional e os episódios rocambolescos que ditaram a indicação de Francisco Coelho para Presidente da ALRAA pressagiam o abandono dos tradicionais delfins à sua sorte e, um aparente dar a mão a outros candidatos à liderança do PS. Liderança para a previsível derrota eleitoral do PS em 2012. Este é o perverso jogo que o Presidente do PS Açores dispôs no tabuleiro onde se vão disputar algumas das jogadas pela sua sucessão, outras, quiçá as que determinarão o resultado final, decorrerão fora da esfera desta realidade e, seguramente, com outros protagonistas. É um problema interno do PS Açores sobre o qual manifesto opinião, somente, porque o jogo pela sucessão à liderança de um projecto político no ocaso do ciclo de poder vai produzir efeitos negativos na vida política regional, por via do exercício absoluto do poder legislativo e executivo, pela maioria mais absorvida em encontrar o senhor que se segue do que preocupada com a governação regional.
Sobre o futuro do PS Açores pende uma enorme interrogação. Quanto mais se olha para a bancada do PS na Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores (ALRAA) e para o elenco do X Governo Regional chefiado por Carlos César mais nítidas ficam as dúvidas sobre o que, e quem, virá depois da actual liderança. Nem mesmo os jovens rostos que enfeitam a bancada socialista açoriana desvanecem as sombrias e carregadas nuvens que por ali pairam e que tão bem se espelham no semblante rosa-cinza do novel líder da bancada rosa. O PS, enquanto estrutura partidária, está moribundo. O próprio líder já não tem mão nas lutas intestinas pela conquista de posições para a corrida à sua sucessão. Se é que a Carlos César isso lhe interessa! Ou, talvez, seja isto mesmo que lhe interessa para sua própria satisfação pessoal e da nova ambição para os Açores!
O elenco de Secretários Regionais que constituem o X Governo Regional e os episódios rocambolescos que ditaram a indicação de Francisco Coelho para Presidente da ALRAA pressagiam o abandono dos tradicionais delfins à sua sorte e, um aparente dar a mão a outros candidatos à liderança do PS. Liderança para a previsível derrota eleitoral do PS em 2012. Este é o perverso jogo que o Presidente do PS Açores dispôs no tabuleiro onde se vão disputar algumas das jogadas pela sua sucessão, outras, quiçá as que determinarão o resultado final, decorrerão fora da esfera desta realidade e, seguramente, com outros protagonistas. É um problema interno do PS Açores sobre o qual manifesto opinião, somente, porque o jogo pela sucessão à liderança de um projecto político no ocaso do ciclo de poder vai produzir efeitos negativos na vida política regional, por via do exercício absoluto do poder legislativo e executivo, pela maioria mais absorvida em encontrar o senhor que se segue do que preocupada com a governação regional.
Aníbal Pires, IN Açoriano Oriental, 24 de Novembro de 2008, Ponta Delgada
1 comentário:
Carlos César não se cansou de apregoar aos sete ventos ter sido o autor da lei que permitiu maior pluralidade no parlamento. Afirmou, por diversas vezes, que essa promulgação iria enriquecer a discussão e seria uma mais valia para a democracia.
Entretanto, o que acontece? O PS apresenta uma proposta com o objectivo de alterar as regras de financiamento da actividade parlamentar e os custos com o pessoal dos gabinetes, medida esta que, a ser implementada, conduzirá à redução dos subsídios atribuídos aos partidos para despesas com o trabalho parlamentar e com o número de adjuntos de cada bancada.
Que justificação é dada? O facto de ter duplicado o número de partidos representados no parlamento açoriano, na sequência das eleições de 19 de Outubro. Daí, a necessidade de fazer contenção de despesas! Mas, só no que lhe convém, porque o governo surge com mais um secretário regional e o número de assessores do presidente passou de SEIS para DEZ!
Quanto aos partidos com menor representação parlamentar, podem não só perder 75% das verbas a que têm direito, como também não possuirão um único adjunto.
Afinal, o que pretende Carlos César? Nada mais simples:
- Coarctar o apoio aos partidos mais pequenos!
- Limitar-lhes e dificultar-lhes o trabalho!
A igualdade de circunstâncias não faz parte da política deste governo!
Como diria Orwell: "Todos somos iguais, mas há uns mais iguais do que os outros".
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