A Irlanda é o único, por obrigação constitucional, dos 27 países da União Europeia a referendar o Tratado de Lisboa. Não por vontade de quem governa mas porque a Constituição irlandesa assim o exige.
Os restantes países resolveram não perguntar ao povo. Não fosse repetir-se o resultado da França e da Holanda.Assim, cabe ao povo irlandês a decisão pois, como é sabido, o Tratado para vigorar tem de ser ratificado por todos.
O NÃO irlandês será o reavivar da chama e a esperança de que um outra Europa é possível! Uma Europa dos povos e dos cidadãos mais justa e mais solidária.
Dublin, 16 de Maio de 2008
2 comentários:
Pessoalmente, não concordo em absoluto que o "não" irlandês fosse uma vitória. No entanto, sem dúvida que aplaudo a Irlanda por ser único Estado-membro onde existirá um referendo.
Não será fácil a vitória do não...
A UE permitiu à Irlanda libertar-se das relações económicas dependentes (quase neo-coloniais) que mantinha com o Reino Unido e tem registado óptimos níveis de crescimento económico. Pesados argumentos a favor dos europeístas.
Apesar de a nossa esperança estar com o não irlandês, não podemos ficar placidamente à espera que os outros lutem nas batalhas que também são nossas.
O povo português tem de dar uma poderosa resposta política para obrigar a que ao não irlandês se junte um não português.
A bem do país e a bem da Europa.
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