Depois de uns dias, uma semana, que pela violência, pela dor, pela partida que desta vez não terá retorno,
Um tempo do qual seria esperado que dissesse:
- “foi para esquecer”
Mas do qual digo:
- é, para lembrar
Pois, quero evocar, não quero olvidar, o quanto é bom seres a minha MÃE e, digo-o assim porque estás, como sempre estiveste, comigo.
Regressei às ilhas afortunadas, a um dos seus mais belos rincões e num tempo em que nestas ilhas que tu, gostando por vezes desgostavas, pela distância, pela ausência e pela saudade de nós, se celebra a partilha, a solidariedade e o espírito comunitário numa construção colectiva, recriada, reconstruída, em cada lugar, em cada freguesia, em cada ilha, onde um povo moldado pela severidade da natureza, que tantas vezes o empurrou para fora das ilhas, continua, aqui, lutando estoicamente pelo futuro.
1 comentário:
Guardamos silêncio,
bebemos saudade...", eis a memória.
Beijinhos.
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