O emprego! Segurar o emprego este é o grande desígnio para 2009, segundo reputados especialistas portugueses na área da economia. Mas que raio quererá dizer isto!?
O discurso político da área do poder também se apropriou deste propósito e, no fundo, todos o desejamos: mais e melhor emprego; Talvez resulte daí uma aparente unanimidade face às preocupações que Cavaco Silva manifestou na sua mensagem de Ano Novo. Resta saber se quando falamos de emprego e da necessidade de o “segurar” falamos da mesma coisa e se as preocupações são comuns a empresários, economistas, governos, trabalhadores e sindicatos. Quer-me parecer que não! Pelos antagonismos que naturalmente existem entre o capital e o trabalho, pelas políticas de desvalorização a que os trabalhadores (dependentes, independentes, colaboradores, operários, quadros, etc.) têm vindo a ser sujeitos ao longo de décadas. Não é de agora o processo vem de longe e para quem tem memória não esquece que os contratos a prazo foram instituídos por um dos governos a que Mário Soares presidiu.
A preocupação até pode ser transversal mas o objectivo é, certamente, diferente. A preocupação do capital justificará políticas salariais baixas e um Código do Trabalho (escravo) a que os governos e a oposição de alterne darão aval. Assim, e como sempre tem acontecido, cabe aos trabalhadores, aos sindicatos e aos actores políticos que lutam por uma sociedade mais justa “segurar” o emprego. Nada de diferente no novel 2009!
Outra preocupação dos eméritos economistas e gestores de sucesso é a deflação. Evitar a todo o custo a deflação. A preocupação deixa de ser a clássica inflação e passa a ser o seu inverso. O objectivo é evitar uma descida generalizada e continuada dos preços que daria lugar a uma inflação negativa (deflação) que a verificar-se prolongaria a actual crise por tempo indeterminado e com consequências imprevisíveis.
Pois…! Ou eu não percebi ou então esta preocupação vem levantar mais uma ponta do véu dos “sucessos” do mercado e do neoliberalismo. Como é que se controla a inflação/deflação se não houver intervenção do Estado? Mas eles insistem e não desarmam na procura de novos vocábulos para justificar velhas práticas e conceitos.
O discurso político da área do poder também se apropriou deste propósito e, no fundo, todos o desejamos: mais e melhor emprego; Talvez resulte daí uma aparente unanimidade face às preocupações que Cavaco Silva manifestou na sua mensagem de Ano Novo. Resta saber se quando falamos de emprego e da necessidade de o “segurar” falamos da mesma coisa e se as preocupações são comuns a empresários, economistas, governos, trabalhadores e sindicatos. Quer-me parecer que não! Pelos antagonismos que naturalmente existem entre o capital e o trabalho, pelas políticas de desvalorização a que os trabalhadores (dependentes, independentes, colaboradores, operários, quadros, etc.) têm vindo a ser sujeitos ao longo de décadas. Não é de agora o processo vem de longe e para quem tem memória não esquece que os contratos a prazo foram instituídos por um dos governos a que Mário Soares presidiu.
A preocupação até pode ser transversal mas o objectivo é, certamente, diferente. A preocupação do capital justificará políticas salariais baixas e um Código do Trabalho (escravo) a que os governos e a oposição de alterne darão aval. Assim, e como sempre tem acontecido, cabe aos trabalhadores, aos sindicatos e aos actores políticos que lutam por uma sociedade mais justa “segurar” o emprego. Nada de diferente no novel 2009!
Outra preocupação dos eméritos economistas e gestores de sucesso é a deflação. Evitar a todo o custo a deflação. A preocupação deixa de ser a clássica inflação e passa a ser o seu inverso. O objectivo é evitar uma descida generalizada e continuada dos preços que daria lugar a uma inflação negativa (deflação) que a verificar-se prolongaria a actual crise por tempo indeterminado e com consequências imprevisíveis.
Pois…! Ou eu não percebi ou então esta preocupação vem levantar mais uma ponta do véu dos “sucessos” do mercado e do neoliberalismo. Como é que se controla a inflação/deflação se não houver intervenção do Estado? Mas eles insistem e não desarmam na procura de novos vocábulos para justificar velhas práticas e conceitos.
Aníbal Pires, IN Açoriano Oriental, 05 de Janeiro de 2009, Ponta Delgada
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