Mandam as tradições… (Será?) que com o Natal e o Ano Novo as principais figuras do Estado e da Região venham falar com os seus governados reafirmando a esperança em dias melhores, pedindo compreensão e a mobilização colectiva para as dificuldades que se esperam no novo ano. Fica-lhes bem… e o povo gosta de tradições.
Mas de todas as mensagens de Natal e Ano Novo houve uma que me tocou profundamente – a mensagem de Natal de Carlos César. Todas elas tiveram os seus motivos de interesse mas a mensagem do Presidente do Governo Regional foi ímpar na forma e, em particular, no conteúdo.Diz a certa altura Carlos César “ (…) A pobreza e o depauperamento, pelo contrário, avançam em países inteiros e em continentes com populações famintas e dizimadas. A gula do banqueiro e a usura dos senhores da guerra prolongam-se face à fraqueza da regulação internacional e dos sectores. Já vivemos tempos melhores. Todos esperamos, ainda assim, que as consequências e as vítimas de tudo isso sirvam para despertar novas consciências e novos caminhos.Porque o mundo pode e deve ser melhor, está ao alcance dos homens e das mulheres a procura dessa nova dimensão ética reabilitadora das relações económicas e sociais. (…)". Bonito não é!? Gostei… e gostava mais ainda de acreditar que estas não foram apenas bonitas palavras de circunstância de mais uma quadra natalícia mas, infelizmente tenho muitas reservas sobre o alcance destas palavras que, não fosse a minha memória, subscreveria com todo o gosto.Na minha lembrança está bem presente que foi (é) o PS de José Sócrates, do qual Carlos César é dirigente, que entregou ao BPN e, escandalosamente, ao BPP (cuja principal actividade é a gestão de fortunas) milhões de euros, se isto não é prolongar a “gula do banqueiro”. Então o que é? Não esqueço, porque o constato diariamente, que nos Açores a pobreza e depauperamento têm aumentado como na generalidade do país e se, não há populações dizimadas e famintas, a fome há muito que graça por aí.Não esqueço porque a mesma pessoa que atribui responsabilidades à “usura dos senhores da guerra” reivindica novas valências de utilização militar da Base das Lajes pelos Estados Unidos.Na minha lembrança está bem presente que Carlos César está no poder há mais de 12 anos e ainda nada fez para procurar uma “ (…) nova dimensão ética reabilitadora das relações económicas e sociais. (…)".
Gostava de poder acreditar que as palavras têm um significado para lá da semântica.
Mas de todas as mensagens de Natal e Ano Novo houve uma que me tocou profundamente – a mensagem de Natal de Carlos César. Todas elas tiveram os seus motivos de interesse mas a mensagem do Presidente do Governo Regional foi ímpar na forma e, em particular, no conteúdo.Diz a certa altura Carlos César “ (…) A pobreza e o depauperamento, pelo contrário, avançam em países inteiros e em continentes com populações famintas e dizimadas. A gula do banqueiro e a usura dos senhores da guerra prolongam-se face à fraqueza da regulação internacional e dos sectores. Já vivemos tempos melhores. Todos esperamos, ainda assim, que as consequências e as vítimas de tudo isso sirvam para despertar novas consciências e novos caminhos.Porque o mundo pode e deve ser melhor, está ao alcance dos homens e das mulheres a procura dessa nova dimensão ética reabilitadora das relações económicas e sociais. (…)". Bonito não é!? Gostei… e gostava mais ainda de acreditar que estas não foram apenas bonitas palavras de circunstância de mais uma quadra natalícia mas, infelizmente tenho muitas reservas sobre o alcance destas palavras que, não fosse a minha memória, subscreveria com todo o gosto.Na minha lembrança está bem presente que foi (é) o PS de José Sócrates, do qual Carlos César é dirigente, que entregou ao BPN e, escandalosamente, ao BPP (cuja principal actividade é a gestão de fortunas) milhões de euros, se isto não é prolongar a “gula do banqueiro”. Então o que é? Não esqueço, porque o constato diariamente, que nos Açores a pobreza e depauperamento têm aumentado como na generalidade do país e se, não há populações dizimadas e famintas, a fome há muito que graça por aí.Não esqueço porque a mesma pessoa que atribui responsabilidades à “usura dos senhores da guerra” reivindica novas valências de utilização militar da Base das Lajes pelos Estados Unidos.Na minha lembrança está bem presente que Carlos César está no poder há mais de 12 anos e ainda nada fez para procurar uma “ (…) nova dimensão ética reabilitadora das relações económicas e sociais. (…)".
Gostava de poder acreditar que as palavras têm um significado para lá da semântica.
Aníbal Pires, In A União, 08 de Janeiro de 2009
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