Ontem, durante a tarde um amigo partilhou comigo um poema de Miguel Torga, poema carregado de simbolismo, de esperança, e de apelo à tenacidade, à vontade de persistir… Aqui fica o canto.
Recomeça…
Se puderes,
Sem angústia e sem pressa.
E os passos que deres,
Nesse caminho duro
Do futuro,
Dá-os em liberdade.
Enquanto não alcances
Não descanses.
De nenhum fruto queiras só metade.
E, nunca saciado,
Vai colhendo
Ilusões sucessivas no pomar
E vendo
Acordado,
O logro da aventura.
És homem, não te esqueças!
Só é tua a loucura
Onde, com lucidez, te reconheças.
Miguel Torga
1 comentário:
Ontem este poema foi dito a seguir ao almoço de aniversário do 'cravo de Abril'...
Tem um bom domingo.
Um beijo.
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