quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Amílcar Cabral

Porque a história e a memória não devem ser apagadas.
Passa mais um aniversário da morte de Amílcar Cabral fica aqui este pequeno vídeo numa singela homenagem à sua memória.

1 comentário:

Maria Margarida Silva disse...

Considerado o "pai" da nacionalidade cabo-verdiana, Amílcar Cabral foi um dos mais carismáticos líderes africanos, cuja acção não se circunscreveu ao plano político, tendo realizado um papel cultural marcante, tanto em Cabo Verde como na Guiné-Bissau e vivido sempre em congruência com os seus ideais.
"...jurei a mim mesmo que tenho que dar a minha vida, toda a minha energia, toda a minha coragem, toda a capacidade que posso ter como homem, até ao dia em que morrer, ao serviço do meu povo, na Guiné e Cabo Verde. Ao serviço da causa da humanidade, para dar a minha contribuição, na medida do possível, para a vida do homem se tornar melhor no mundo. Este é que é o meu trabalho." Amilcar Cabral – 1969

Deixo aqui um dos seus belos poemas:

Quem é que não se lembra
Daquele grito que parecia trovão?!
– É que ontem
Soltei meu frito de revolta.
Meu grito de revolta ecoou pelos vales mais longínquos da Terra,
Atravessou os mares e os oceanos,
Transpôs os Himalaias de todo o Mundo,
Não respeitou fronteiras
E fez vibrar meu peito...

Meu grito de revolta fez vibrar os peitos de todos os Homens,
Confraternizou todos os Homens
E transformou a Vida...

... Ah! O meu grito de revolta que percorreu o Mundo,
Que não transpôs o Mundo,
O Mundo que sou eu!

Ah! O meu grito de revolta que feneceu lá longe,
Muito longe,
Na minha garganta!

Na garganta de todos os Homens!
Amílcar Cabral

"La muerte no es verdad cuando se ha cumplido bien la obra de la vida." José Martí

Um abraço.
margarida