segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Por ti

Algo me tolhe os sentidos
Algo me traz assim…
Despojado
Indolente
Indiferente
Ausente
Distante


Sim só!
Sem ti
Amor
O vazio da tua ausência
Embarga-me a vontade
Obsta o empenho
Amplia o desejo

E perduro assim…
Prostrado
De Amor
Por ti!

2 comentários:

Maria disse...

Que 'coisa' tão linda...

Um abraço

Maria Margarida Silva disse...

Olá, amigo Aníbal!
Há quem diga que a literatura é uma espécie de loucura. Assim como a leitura, uma loucura mansa. A verdade (?) é que ninguém consegue viver da literatura, mas também ninguém consegue viver sem ela. É essa loucura que se vai apossando do escritor. A princípio, de uma forma sub-reptícia até um domínio completo, total e, por vezes, paradoxal.
Quanto à inspiração, pode ser aquele sentimento que invade os escritores e os obriga a irem imediatamente para a folha de papel (ou para o teclado) e começarem a escrever: alegria, tristeza, saudade, revolta… qualquer coisa que os incite à escrita. Uns têm mais e outros menos.
Já ouvi poetas dizerem que isso não faz diferença, que escrever poesia é um processo natural de harmonização de palavras e não depende da emoção. Pode ser. E pode não ser...
Para mim, trata-se de um acto muito íntimo e muito particular. Partilhá-lo com os outros é uma dádiva.
Henry Miller deixou escrito que “Se não conseguir fazer com que as palavras trepem, não as masturbe.”
Neste teu poema, elas treparam e formaram um arco-íris!

Um abraço.
margarida