Ser professor foi, em tempos, um prazer e esperança mais do que o exercício de uma profissão, ser professor é - era, deveria ser – caminhar pela vida de mãos dadas com a liberdade que só o conhecimento e a cultura conferem e, mormente, dotar os jovens aprendizes de cidadão dos instrumentos que lhes permitam libertar-se do espectro da eterna canga da servidão e da dominação.
Ser professor, hoje, é desilusão e sacrifício! Pelo que foi subtraído à essência da profissão docente mas, particularmente, pela unilateralidade da cultura do consumo, importada por uma clique dirigente sem valores a não ser a sua satisfação pessoal e imediata e para quem os cidadãos não passam de uma imensa mole de consumidores e produtores que convém manter acríticos e sob o jugo da servidão. Este é o papel da Escola de hoje como o foi durante a ditadura fascista, uma Escola reprodutora de desigualdades sociais e económicas que insiste em privar os cidadãos do acesso à liberdade que só a cultura e o conhecimento lhes pode conferir.
A liberdade individual só se completa com cultura, dito de outra forma e à maneira de José Marti: “ser culto é o único modo de ser livre”.
As soluções regionais e nacionais para responder à ineficácia e à insatisfação generalizada do papel da Escola na sociedade actual não passam de uma mera maquilhagem para satisfazer estatísticas. Não há abandono nem insucesso escolar no ensino básico! Porque será que eu não estou satisfeito!? Apenas para ser contra? Não, aliás teria todo o gosto em reconhecer, se fosse caso disso, que as vias diferenciadas de ensino são uma solução e não um paliativo ou, que o modelo de avaliação dos alunos do ensino básico fomenta a valorização dos percursos de aprendizagem ao invés de privilegiar momentos de medição de saberes empurrando os docentes exclusivamente para a preparação dos alunos para a realização de exames ou provas de aferição ou, ainda, que à concentração de escolas em gigantescas unidades orgânicas tivessem presidido razões de ordem pedagógica ao invés das motivações económicas na sua perspectiva mais redutora, ou seja, sem considerar as pessoas, a coesão social e a coesão territorial.
Ser professor, hoje, é desilusão e sacrifício! Pelo que foi subtraído à essência da profissão docente mas, particularmente, pela unilateralidade da cultura do consumo, importada por uma clique dirigente sem valores a não ser a sua satisfação pessoal e imediata e para quem os cidadãos não passam de uma imensa mole de consumidores e produtores que convém manter acríticos e sob o jugo da servidão. Este é o papel da Escola de hoje como o foi durante a ditadura fascista, uma Escola reprodutora de desigualdades sociais e económicas que insiste em privar os cidadãos do acesso à liberdade que só a cultura e o conhecimento lhes pode conferir.
A liberdade individual só se completa com cultura, dito de outra forma e à maneira de José Marti: “ser culto é o único modo de ser livre”.
As soluções regionais e nacionais para responder à ineficácia e à insatisfação generalizada do papel da Escola na sociedade actual não passam de uma mera maquilhagem para satisfazer estatísticas. Não há abandono nem insucesso escolar no ensino básico! Porque será que eu não estou satisfeito!? Apenas para ser contra? Não, aliás teria todo o gosto em reconhecer, se fosse caso disso, que as vias diferenciadas de ensino são uma solução e não um paliativo ou, que o modelo de avaliação dos alunos do ensino básico fomenta a valorização dos percursos de aprendizagem ao invés de privilegiar momentos de medição de saberes empurrando os docentes exclusivamente para a preparação dos alunos para a realização de exames ou provas de aferição ou, ainda, que à concentração de escolas em gigantescas unidades orgânicas tivessem presidido razões de ordem pedagógica ao invés das motivações económicas na sua perspectiva mais redutora, ou seja, sem considerar as pessoas, a coesão social e a coesão territorial.
1 comentário:
"Nestes dias assim de trabalho profissional intenso, cada sintoma pesado numa balança de precisão, cada golpe de bisturi na tangente do erro que o tornaria fatal, o poeta que dentro de mim não se resigna, nem se cala, acaba por me irritar como uma criança importuna e teimosa (...) E nem a paz do dever cumprido saboreio quando dispo a bata. É como se um sacerdote acabasse de rezar a missa em pecado mortal com o diabo no corpo."
Miguel Torga
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