O aquecimento global e os seus efeitos no clima, já reconhecidos pela Organização das Nações Unidas (ONU), a escassez de água potável e de alimentos, a par de uma rápida caminhada para a míngua e extinção das jazidas de combustíveis fosseis são, de entre outros, os grandes desafios que a Humanidade enfrenta no imediato. As soluções têm de ser encontradas no presente e terão de ser, necessariamente integrais, como globais são os problemas que enfrentamos. Por muito que tudo isto possa parecer remoto, quer no tempo, quer no espaço, as evidências conferem-lhe uma proximidade inquietante.
Algo tem de mudar no paradigma de desenvolvimento adoptado, pelos Estados, vulgarmente denominados do 1.º Mundo, e na sua exportação, por vezes imposta, para os países em desenvolvimento. Este modelo de crescimento é insustentável e a síntese dos desafios que enfrentamos é dramática pois trata-se, nem mais nem menos, de acautelar a sobrevivência da nossa espécie.
A falência e o incumprimento de compromissos assumidos sob a égide da ONU, como o combate à fome, à pobreza extrema, o apoio à cooperação para o desenvolvimento e a redução de gases com efeito de estufa, comprovam que mudanças mais profundas são necessárias para inverter esta caminhada para o caos.
As soluções podem e devem ser encontradas no concerto das nações valorizando o papel da ONU ao qual, para que o desenlace tenha sucesso, têm forçosamente de se associar princípios que conduzam à paz e à cooperação entre os povos.
Esta pode ser uma das vias, eu diria a única via que pode garantir sustentabilidade ao futuro. Um futuro próspero e tranquilo para quem nos suceder nesta aventura da vida humana. O itinerário alternativo é conhecido, estamos a percorrê-lo com uma ligeireza voraz e com resultados sobejamente conhecidos.
O flagelo da fome, da pobreza, da exclusão social e económica, do trabalho sem renumerações condignas, do trabalho sem direitos e do desemprego, é uma realidade de vizinhança, já não é distante, faz parte do nosso quotidiano e do quotidiano do grupo dos ditos países ricos e desenvolvidos.
A globalização deste flagelo assenta nas mesmas raízes que provocam o aquecimento global, que provocam os intermináveis conflitos bélicos e que provocam a separação do Mundo, não em blocos militares, mas em conformidade com a realização económica e social dos povos e dos cidadãos.
Transformar o Mundo num bloco de paz e cooperação e por fim a um modelo de desenvolvimento que se alimenta nas desigualdades sociais e económicas, que os Relatórios do Desenvolvimento Humano da ONU tão bem retratam, é, tal como o aquecimento global, um desafio para Humanidade.
Ou trilhamos este caminho de transformação e cortamos as raízes ao monstro, fazendo jus ao ser social que dizemos ser, garantindo a nossa continuidade, ou continuamos a acreditar na inevitabilidade e na falta de alternativas, sempre assim foi e será, até que o mostrengo nos devore.
Algo tem de mudar no paradigma de desenvolvimento adoptado, pelos Estados, vulgarmente denominados do 1.º Mundo, e na sua exportação, por vezes imposta, para os países em desenvolvimento. Este modelo de crescimento é insustentável e a síntese dos desafios que enfrentamos é dramática pois trata-se, nem mais nem menos, de acautelar a sobrevivência da nossa espécie.
A falência e o incumprimento de compromissos assumidos sob a égide da ONU, como o combate à fome, à pobreza extrema, o apoio à cooperação para o desenvolvimento e a redução de gases com efeito de estufa, comprovam que mudanças mais profundas são necessárias para inverter esta caminhada para o caos.
As soluções podem e devem ser encontradas no concerto das nações valorizando o papel da ONU ao qual, para que o desenlace tenha sucesso, têm forçosamente de se associar princípios que conduzam à paz e à cooperação entre os povos.
Esta pode ser uma das vias, eu diria a única via que pode garantir sustentabilidade ao futuro. Um futuro próspero e tranquilo para quem nos suceder nesta aventura da vida humana. O itinerário alternativo é conhecido, estamos a percorrê-lo com uma ligeireza voraz e com resultados sobejamente conhecidos.
O flagelo da fome, da pobreza, da exclusão social e económica, do trabalho sem renumerações condignas, do trabalho sem direitos e do desemprego, é uma realidade de vizinhança, já não é distante, faz parte do nosso quotidiano e do quotidiano do grupo dos ditos países ricos e desenvolvidos.
A globalização deste flagelo assenta nas mesmas raízes que provocam o aquecimento global, que provocam os intermináveis conflitos bélicos e que provocam a separação do Mundo, não em blocos militares, mas em conformidade com a realização económica e social dos povos e dos cidadãos.
Transformar o Mundo num bloco de paz e cooperação e por fim a um modelo de desenvolvimento que se alimenta nas desigualdades sociais e económicas, que os Relatórios do Desenvolvimento Humano da ONU tão bem retratam, é, tal como o aquecimento global, um desafio para Humanidade.
Ou trilhamos este caminho de transformação e cortamos as raízes ao monstro, fazendo jus ao ser social que dizemos ser, garantindo a nossa continuidade, ou continuamos a acreditar na inevitabilidade e na falta de alternativas, sempre assim foi e será, até que o mostrengo nos devore.
Aníbal C. Pires, IN A UNIÃO, 06 de Novembro de 2009, Angra do Heroísmo
Sem comentários:
Enviar um comentário