sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

A medo...

Como tu
Era jovem
Quando olhei
O teu corpo virginal


A medo tacteei-o
O pavor do insondado
Cedeu à voracidade
Numa desmedida carícia
Beijei-o com deleite
Afaguei-o com gula
O desejo dos verdes anos
Exigia-o
Entrei sem receio
Acoitaste-me e…o auge acudiu intenso


Estonteado
Pelo prazer da descoberta
Pelo aconchego do teu corpo
Implorei… um amor perene!

Ponta Delgada, 18 de Fevereiro de 2010

2 comentários:

Maria disse...

Tão bonito... tão delicado ao mesmo tempo sensual...

Sorrio-te.

Maria Margarida Silva disse...

"O acto poético é o empenho total do ser para a sua revelação. Este fogo do conhecimento, que é também fogo de amor, em que o poeta se exalta e consome é a sua moral. E não há outra." Eugénio de Andrade

Um abraço.
margarida