sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

O "jornalista" que quer ser deputado

Foto retirada do mural do Manuel Moniz
Resposta ao Manuel Moniz pode ser lida no meu blogue, o link está no Info, no Açores Global e outros grupos de informação e discussão.
Não publiquei esta resposta no grupo, “ Corridas Picadas nos Açores Nunca”, onde foi feito o comentário por respeito aos elementos do grupo e porque o tema que aqui abordo nada tem a ver com a temática que ali se discute e, sobretudo, com o movimento de luta que ali se desenvolve.  

Oh Manuel, Em primeiro lugar fica uma declaração de princípio. Quando te quiser cobrar alguma coisa faço-o cara a cara, sabes não devo nada a ninguém e isso torna-me diferente de ti, não sou lacaio de ninguém. Se na tua consciência tocou um pequeno alarme que te fez, por ato reflexo, produzir a afirmação (…) compreendo a sua pequena “vingança”(…) esse é um problema que tu tens de resolver, não eu.
Quanto às afirmações, erradas, a propósito de quanto ganha um deputado o melhor mesmo é ires verificar as tabelas de vencimento dos detentores de cargos políticos e aplicares os devidos descontos e, concluis, que errastes à volta de 50% e depois, Bem e depois repores a verdade ficava-te bem.
Nem sequer precisas de confessar que queres, que ambicionas, que sonhas, vir um dia a ser deputado. É um direito que te assiste mas sabes que para isso o Povo tem de te eleger. E também como tu sabes o Povo não é estúpido. Sabes, Manuel conheço-te melhor do que tu imaginas e sei muito bem qual é a tua motivação e, até sei, que se um dia por qualquer acaso ou distração dos eleitores, conseguisses ser eleito isso iria constituir-se numa desilusão incomensurável, desde logo para ti, o rendimento mensal (salário) é inferior ao de alguns jornalistas da Região, por outro lado a desilusão seria o sentimento que se iria abater sobre os teus eventuais eleitores. Não sabes, nem queres saber. Queres ser, mas para se ser é preciso saber e tu, como atrás ficou dito, não sabes como se confirma todos os dias nos teus escritos. Escritos que não são inócuos, servem propósitos, alguns de que tu tens consciência, outros que pura e simplesmente não tens, nem te interessa saber quais propósitos lhe estão subjacentes.
O rigor das tuas informações aqui (FB), e no DA são conhecidas, por isso disse e continuo a dizer que a generalidade da informação na Região é medíocre e tu contribuis, em grande parte, para baixar essa média. Pelo contrário quer na minha profissão, quer no desempenho do cargo político que exerço basta consultar aquilo que tem sido a minha vida para se concluir que eu, ao contrário de ti, contribuo para elevar a média, mesmo usando botões de punho. 
O ordenado de um professor no topo da carreira (atingi o topo em 2002) já me permitia, por uma questão de opção, usar botões de punho. Tu gastas o teu parco ordenado onde muito bem entendes, eu gasto parte dele a comprar botões de punho, que chatice esta liberdade de uns poderem comprar cogumelos e outros botões de punho, que chatice a liberdade, não é Manuel.
Quanto a ti e ao teu trabalho, apenas duas ou três notas. Conheço-te desde que regressaste à Região, sei quem é que te acolheu (quem te deu a mão e a quem a mordeste), conheço o teu percurso de vida. Mas isso é do foro pessoal é, portanto, de somenos importância.
Quanto ao teu trabalho como “jornalista”. A apreciação que faço é profundamente negativa apenas por um motivo, és parcial. Reconheço a todos os cidadãos, independentemente, da sua profissão o direito à sua própria opinião, o que não é aceitável é que ao invés de produzires informação (mal ou bem paga) produzas opinião e, sobretudo sejas um instrumento de censura.
Uma nota final, O que sabes tu sobre o Syriza e o quadro político grego, nada. O que sabes sobre a minha e a posição do meu Partido sobre o financiamento estatal dos Partidos e os vencimentos dos cargos políticos, sabes tudo e não dizes nada. Talvez não saibas, mas eu informo-te de borla, que sobre a forma como os deputados do PCP se devem vestir, não existem normas ou orientações, ou seja, cada um veste-se como muito bem entende, é livre. Coisa que os lacaios não são, coisa que tu não és, livre. Tu tens dono e pelos vistos paga-te pouco, a acreditar naquilo que tu afirmas.


Aníbal C. Pires, Ponta Delgada, 30 de Janeiro de 2015

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