O assunto é recorrente, mas a sua importância social e económica justificam esta reflexão que não pretende mais do que ser isso mesmo: uma reflexão. Reflexão sobre um sector que é de primordial importância para o desenvolvimento de uma região com as características geográficas dos Açores. E direi geografias, pois não é apenas a condição de afastamento dos continentes, nem a dispersão arquipelágica ou a diminuta área territorial, mas também a sua população e a sua economia.
Mesmo não atendendo ao facto de que a tendência é para a subida continuada do petróleo e pela crise instalada, mas também e quiçá, sobretudo, por já se ter atingido o designado “pico petrolífero da produção”, reconhecido pelas principais empresas que comercializam os derivados do “ouro negro”… Como dizia, mesmo não considerando o contexto mundial, a política regional para os transportes tem, urgentemente, de ser revista, isto é, se ela existe, pois às vezes tenho algumas dúvidas da sua existência.
Mesmo não atendendo ao facto de que a tendência é para a subida continuada do petróleo e pela crise instalada, mas também e quiçá, sobretudo, por já se ter atingido o designado “pico petrolífero da produção”, reconhecido pelas principais empresas que comercializam os derivados do “ouro negro”… Como dizia, mesmo não considerando o contexto mundial, a política regional para os transportes tem, urgentemente, de ser revista, isto é, se ela existe, pois às vezes tenho algumas dúvidas da sua existência.
Não é aceitável, sem qualquer pretensão de menorizar o transporte aéreo e a sua importância para ligar internamente a Região e para ligar a Região com o Mundo (aliás, a SATA tem esse papel a cumprir e, como tal, deve ser objecto da atenção de todos os açorianos, pois por enquanto ainda é uma empresa de capitais exclusivamente públicos, ou seja, é dos açorianos) que os transportes na Região e mesmo para o exterior estejam, como estão, tão dependentes do transporte aéreo.
As ligações marítimas têm um lugar por ocupar no sector do transporte de passageiros. Aliás, é para muitos de nós e para quem nos visita incompreensível que uma região arquipelágica como a nossa não disponha de uma rede de transportes marítimos de passageiros, com a frequência adequada às necessidades e que funcione durante todo o ano, de modo a constituir-se como alternativa e complemento ao transporte aéreo de passageiros e mesmo de mercadorias, pois a capacidade instalada ou gestão que dela se faz, não serve os interesses de desenvolvimento harmónico da Região.
Um olhar descomplexado, mas necessariamente integrado sobre a problemática dos transportes e o desenvolvimento de um novo paradigma é, ou deveria ser, uma prioridade da política regional.
E é de medidas de política que o sector dos transportes necessita. Politicas públicas que equacionem todas as variáveis e que, sobretudo, considerem a coesão e o desenvolvimento sustentado da Região.
A visão puramente empresarial e da competitividade global não se adequa, nem se compadece com as necessidades de desenvolvimento da Região, nem com as suas especificidades.
A visão empresarial tem como objecto a satisfação de interesses que nem sempre ou quase nunca coincidem com o interesse público.
Aos representantes do povo açoriano, aos actuais e aos que vão ser eleitos em Outubro, cabe a defesa do interesse público neste, como noutros sectores estratégicos da economia regional.
As ligações marítimas têm um lugar por ocupar no sector do transporte de passageiros. Aliás, é para muitos de nós e para quem nos visita incompreensível que uma região arquipelágica como a nossa não disponha de uma rede de transportes marítimos de passageiros, com a frequência adequada às necessidades e que funcione durante todo o ano, de modo a constituir-se como alternativa e complemento ao transporte aéreo de passageiros e mesmo de mercadorias, pois a capacidade instalada ou gestão que dela se faz, não serve os interesses de desenvolvimento harmónico da Região.
Um olhar descomplexado, mas necessariamente integrado sobre a problemática dos transportes e o desenvolvimento de um novo paradigma é, ou deveria ser, uma prioridade da política regional.
E é de medidas de política que o sector dos transportes necessita. Politicas públicas que equacionem todas as variáveis e que, sobretudo, considerem a coesão e o desenvolvimento sustentado da Região.
A visão puramente empresarial e da competitividade global não se adequa, nem se compadece com as necessidades de desenvolvimento da Região, nem com as suas especificidades.
A visão empresarial tem como objecto a satisfação de interesses que nem sempre ou quase nunca coincidem com o interesse público.
Aos representantes do povo açoriano, aos actuais e aos que vão ser eleitos em Outubro, cabe a defesa do interesse público neste, como noutros sectores estratégicos da economia regional.
1 comentário:
Recordar é votar!
Espero bem que o povo açoriano, em Outubro, não se esqueça do investimento em betão implementado pelo nosso governo. Foi esta a sua e única prioridade, em vez de se centralizar e investir o dinheiro que é nosso noutros sectores estratégicos da economia regional como bem referes, no combate à pobreza e na Saúde para Todos. Esta continua a ser um privilégio de alguns e, como se isso não bastasse, ainda temos de receber uma factura “amigável” e quiçá, ir agradecer pessoalmente o favor que nos prestaram por nos terem facultado a assistência a que temos direito.
Atitudes como esta são uma vergonha, uma afronta e um atentado à dignidade do ser humano.
Silenciar é compactuar!
Beijinhos.
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