Os Jogos aproximam-se do fim e o país sempre acabou por vibrar com a prata e o ouro tão ansiados. As lágrimas da emoção rolaram pela face na alegria incontida de ver os nossos no pódio olímpico, fazendo-nos esquecer os desaires de uns, a infelicidade de outros e também as palavras irreflectidas ou descontextualizadas que alguns atletas e dirigentes proferiram e das quais a comunicação social fez eco. Mas sobre a participação nacional nestas olimpíadas muito se voltou a dizer e a escrever em análises pouco objectivas que quase sempre responsabilizavam os atletas pelas prestações menos boas. E, digo menos boas, porque considero que as provas realizadas pelos atletas foram boas face ao país desportivo e ao país real que temos e somos. Um país bem diferente daquele que José Sócrates e os seus ministros falam e para o qual governam, um país bem diferente de outros com a mesma dimensão populacional, com mais ou menos PIB mas, onde as pessoas são o cerne das políticas sociais e económicas.
Os atletas que representaram Portugal nos Jogos são os últimos responsáveis pelos “fracos” resultados globais e, como tal, não devem, nem podem ser julgados. A responsabilidade pela prestação nacional deve ser cometida aos ideólogos e executores das políticas desportivas nacionais.
O apoio aos atletas deveria ser incondicional pois são eles quem mais sofre com as prestações menos boas, mas que na hora da vitória, rápida e generosamente, procuram uma bandeira nacional onde se envolvem num gigantesco abraço ao povo português dizendo que aquela não é uma vitória sua. É uma vitória de todos os portugueses.
Se nos emocionamos com a alegria da vitória, não fiquemos indiferentes ao sofrimento dos atletas que nos representaram, mas que não conseguiram partilhar com o país o sabor da glória do pódio olímpico, eles merecem toda a nossa solidariedade e apoio. Ninguém terá sofrido mais do que Naide Gomes e Francis Obikwelu, de entre outros, pelas suas prestações menos boas. Sofreram por eles mas sofreram, sobretudo, por nós. Sofreram por não nos terem dado a alegria de uma medalha, a exultação de uma vitória.
Quanto a desporto teremos de esperar mais 4 anos. Até lá as televisões farão esquecer o fenómeno desportivo com futebol em anestesiantes doses de antecipações, directos, indeferidos, simultâneos, análises prospectivas e retrospectivas… mergulhando o país no limbo da essência e promovendo a futilidade do acessório.
Os atletas que representaram Portugal nos Jogos são os últimos responsáveis pelos “fracos” resultados globais e, como tal, não devem, nem podem ser julgados. A responsabilidade pela prestação nacional deve ser cometida aos ideólogos e executores das políticas desportivas nacionais.
O apoio aos atletas deveria ser incondicional pois são eles quem mais sofre com as prestações menos boas, mas que na hora da vitória, rápida e generosamente, procuram uma bandeira nacional onde se envolvem num gigantesco abraço ao povo português dizendo que aquela não é uma vitória sua. É uma vitória de todos os portugueses.
Se nos emocionamos com a alegria da vitória, não fiquemos indiferentes ao sofrimento dos atletas que nos representaram, mas que não conseguiram partilhar com o país o sabor da glória do pódio olímpico, eles merecem toda a nossa solidariedade e apoio. Ninguém terá sofrido mais do que Naide Gomes e Francis Obikwelu, de entre outros, pelas suas prestações menos boas. Sofreram por eles mas sofreram, sobretudo, por nós. Sofreram por não nos terem dado a alegria de uma medalha, a exultação de uma vitória.
Quanto a desporto teremos de esperar mais 4 anos. Até lá as televisões farão esquecer o fenómeno desportivo com futebol em anestesiantes doses de antecipações, directos, indeferidos, simultâneos, análises prospectivas e retrospectivas… mergulhando o país no limbo da essência e promovendo a futilidade do acessório.
1 comentário:
Enquanto o povo está virado para esses acontecimentos e outros afins, vai esquecendo a situação caótica em que o país se encontra, bem como o rumo que está tomando.
O mesmo acontece com o futebol. Há quem o classifique de “praga emocional” ou “peste delirante”. Outros continuam a considerar que é o desporto¬ espectáculo mais deslumbrante...
Enfim,chama-se por vezes à religião “ópio do povo” para acentuar a sua função alienante e a sua aptidão para desviar a atenção das pessoas para a exploração a que são submetidas. O futebol tem uma função análoga. Amansa o povo. Para que nunca desperte da alienação. Até quando?
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