segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Fragmentos do quotidiano

Este texto marca o início da colaboração com o "Diário Insular".
Este será o primeiro de alguns “fragmentos do quotidiano” que por aqui deixarei, não interessa quantos nem por quanto tempo. Nada é imutável o que constitui um perpétuo e aliciante desafio. Semanalmente virei ao vosso encontro até que valha a pena. Valha a pena por mim, pelo prazer que a escrita e a partilha me proporcionam. E… Valha a pena por vós. Só se os textos que vos trouxer merecerem a vossa atenção valerá a pena, ainda que, … a esperança só morra comigo e a alma não seja pequena.
Sem leitores o exercício da escrita pouco significa e, se for apenas para satisfação do meu ego, então não ocuparei indevidamente espaço e tempo que não são meus. Disponho de outros suportes onde deixo que as palavras respirem e andem por aí sem grilhetas formais, trilhando os caminhos da liberdade. Outros suportes onde a momentos derramo pedaços, registos, instantes, olhares, notas à solta… Vantagens das novas tecnologias de informação e comunicação que nos permitem a auto-satisfação narcísica, mas também espaços de intervenção e formação de opinião e debate.
Aqui, neste espaço e neste suporte, mais do que ideias feitas procurarei, sem abdicar da minha opinião à qual está associada uma matriz ideológica, promover e incentivar o diálogo, a cogitação, a discussão e o contraditório. Só assim, em minha opinião (cá está ela), estes pedaços do dia-a-dia farão sentido. Fica o meu endereço de correio electrónico (anibalpires@sapo.pt) para o qual podem enviar opiniões e comentários o que muito agradeço.
Do meu círculo familiar e de amigos, do meu bairro, da minha Freguesia, da minha Cidade, da minha Região, do meu País e do Mundo, tento ter uma visão multilateral onde as diferenças devem ser respeitadas, as interacções valorizadas e os consensos procurados. Todos temos a nossa “verdade” e uma matriz cultural que nos torna diferentes, mas as pontes são sempre possíveis quando promovemos o diálogo em nome do interesse colectivo. A unilateralidade das análises é redutora, induz em erro e promove a imposição de uma “verdade” que nem sempre, quase nunca, é a que mais se aproxima da realidade e naturalmente do interesse comum.

Aníbal C. Pires, In Diário Insular, 21 de Outubro de 2009, Angra do Heroísmo

2 comentários:

Maria Margarida Silva disse...

Oi, amigo Aníbal!
Raramente nos vemos, mas falamos muitas, através dos teus textos. E isso é que importa!
“Fragmentos do quotidiano”! Gosto! E acho que escolheste muito bem o texto que vai marcar o início da tua colaboração com o Diário Insular. Será, como bem dizes, o primeiro de muitos que se seguirão e merecerão a atenção de todos aqueles que partilham ideais comuns e, especialmente, amam a escrita.
Terás muitos leitores, como sempre. Mas, mesmo que isso não acontecesse, o objectivo da escrita, na minha despretensiosa opinião, não se limita só a provocar o (s) leitor (es) ou a despertá-lo (s) da inércia em que se encontra (m) muitas vezes. Escrever, como já tive oportunidade de te dizer, é fazer respirar as palavras, soltá-las, dar-lhes vida. E isso… tu sabes fazê-lo tão bem! Eu sei que tens outras formas de manifestação, mas não substituem esta.
Nos “Fragmentos do quotidiano”, terás a oportunidade de acompanhar o dia-a-dia, dando relevo a temas prioritários, batalhando SEMPRE e SEMPRE com o olhar posto naqueles que mais precisam que se lute por eles e se faça ouvir a sua voz.
NUNCA SERÁ EM VÃO!
FELICIDADES, AMIGO! Um abraço.
margarida

Nelson Ricardo disse...

Bom escrito. Podemos agradecer às novas tecnologias que se possa ler textos que de outra maneira nos seriam vedados.

Tentarei ser leitor assíduo.

Abraço.