sexta-feira, 30 de abril de 2010

Venha Maio com Abril no coração

Ao cair de Abril um cravo para receber Maio num amplexo solidário.



Foto (minha) - no encerramento do Congresso da FENPROF, em 2007.

Manu Chao - Clandestino

Outras canções há que nos recordam e falam das migrações e dos migrantes. Hoje fica o rebelde Manu Chao com o tema clandestino e a imigração de desespero.



Em Portugal vivem dezenas e dezenas de milhar de cidadãos sem papeis... sem direitos.

quinta-feira, 29 de abril de 2010

A base produtiva regional

A economia regional sendo aberta e, portanto, fortemente condicionada por factores externos, possui, no entanto, ao nível produtivo suportes de dimensão, conhecimento adquirido e estabilidade significantes no sector primário, em primeiro lugar na agro-pecuária – fileira do leite e da carne -, mas também nas pescas, e a jusante, já no secundário, na agro-indústria de lacticínios, no processamento de carnes, na indústria conserveira e na exportação de peixe.
Ainda no sector agrícola e tendo em devida consideração, por um lado a manutenção de actividades tradicionais como sejam a cultura do ananás, do chá, da vinha e do vinho e, por outro o apoio à produção de frutos (banana, meloa, e outros), à floricultura, hortícolas e à beterraba sacarina contribuindo, assim, para a diversificação da actividade agrícola, para o desenvolvimento do espaço rural e para o seu necessário equilíbrio enquanto factor de coesão social e territorial.
No sector secundário, e para além das agro-indústrias a que já me referi, assumem alguma dimensão a indústria da construção civil, cimento, tabaco, açúcar, transformação primária da madeira, e a indústria de rações e concentrados.
No sector dos serviços a Administração Pública (regional, local e central) e o sector público empresarial dominam claramente, devendo referir-se ainda (apesar da fraca contribuição para o produto) a indústria do turismo, o transporte marítimo de mercadorias, e também, com alguma dimensão económica, o comércio por grosso e a retalho.
O sector público administrativo e empresarial com uma participação de cerca de 40% do PIB, e a agro-pecuária e pescas, com cerca de 13%, directamente, constituem-se assim como os pilares estratégicos a partir dos quais se pode e deve desenvolver de forma sustentável e socialmente útil a economia regional.
É, no entanto, na agropecuária que o sector privado e o sector cooperativo atingem maior dimensão regional. Partindo de explorações de tipo familiar com gado de pastoreio, cuja natureza representa uma mais-valia qualitativa, esta actividade produtiva está na origem da fileira do leite e da carne, e sustenta, a jusante, indústria e comércio de dimensão económica nacional, com níveis de produtividade elevados e com elevado potencial de inovação tecnológica e de diversificação de produtos de valor acrescentado. Torna-se essencial garantir e consolidar esta componente estratégica da economia regional ao nível global, prevendo ainda medidas específicas para as ilhas onde ela está geograficamente condicionada pela pequena dimensão da superfície agrícola disponível.
Quer se goste ou não este é o sector que dá sustentabilidade à economia regional e todos os esforços que sejam feitos em sua salvaguarda são bem-vindos, assim, neste esforço conjunto devem ter continuidade, todas as iniciativas que visem junto da UE a defesa do regime de quotas leiteiras, e, em caso de extinção desse regime, a sua substituição por um regime específico para os Açores, ao nível do estatuto da ultra-periferia, com carácter permanente como permanentes são os constrangimentos.

Aníbal C. Pires, IN DIÁRIO INSULAR, 28 de Abril de 2010, Angra do Heroísmo

quarta-feira, 28 de abril de 2010

Vox Cordis

Um dos muitos aspectos do que a nível musical se vai fazendo pelos Açores.



Vox - Cordis - Associação Musical
Projecto "Sharing the Music" - Coro 50 elementos; Solistas - Ricardo Afonso, Pedro Mimoso, Zeca Medeiros e Pedro Paquete; Orquestra - Quarteto Lopes Graça (Ana Vitorino de Almeida, Luis Cunha, Isabel Pimentel e Katherine Stryncks, Contrabaixo Gianna de Toni, Piano Katerina L'Dokova, Combo - Guitarra - Luis Reis Bettencourt, Baixo António Feijó e Bateria - Aquiles Preto; Direcção Musical - Maestro Jorge Alves.

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Publicidade institucional

Dizer que vivemos numa sociedade mediatizada tornou-se hoje em dia um lugar-comum mas, não nos podemos permitir que o uso corrente da expressão acabe por camuflar o seu sentido profundo mais substantivo. Vivemos num tempo em que a relevância dos actos públicos – e por força de razão, os relacionados com a gestão da coisa pública – se mede, em muitos casos, não tanto pelo seu impacto significativo na vida dos cidadãos, mas antes pela notoriedade e atenção de que são alvos nos órgãos de comunicação social de massas.
Os média, com o seu poder amplificador, tornaram-se essenciais para a transmissão das mensagens dos diversos agentes políticos e, sendo mais ou menos discutível, influenciam, directa e indirectamente, todo o discurso e actuação desses mesmos agentes e dos destinatários.
No seu conjunto a mediatização dos problemas, a atenção permanente a que estão sujeitos os decisores do Estado, bem como a atenção dada a opiniões minoritárias, que de outra forma cairiam eventualmente no silenciamento, constituem efectivos ganhos no pluralismo e qualidade da nossa Democracia com que todos nos devemos regozijar.
Mas também é verdade que esta situação nos coloca novos problemas e a prová-lo está a relação problemática e sempre polémica entre poder político e órgãos de comunicação social e que, com maior ou menor fundamento, de quando em vez emergem no espaço público.
Só com a criação de um quadro transparente, ou seja, a disponibilização pública de informação sobre a actuação dos diversos poderes públicos para permitir o seu escrutínio por parte dos órgãos próprios, como a Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores, mas, também pelos próprios cidadãos, garantindo assim o direito democrático de se conhecerem com rigor e profundidade os actos de gestão da coisa pública, mormente aqueles que são praticados na aquisição de publicidade institucional.
Com a complexidade do panorama comunicacional da Região, a diversidade de órgãos, suportes, meios e audiências, qualquer rígido critério de distribuição mecânica nos parece descabido. Estes organismos devem ter a liberdade de decidir, respeitando princípios gerais, onde e como anunciam mas as açorianas e os açorianos têm igual direito de conhecer essas decisões.
Foi com base nestes pressupostos que o PCP Açores apresentou uma proposta de Decreto Legislativo Regional cujo objecto visa a introdução de regras de transparência na aquisição de publicidade institucional quer pela administração regional, quer pela administração local, quer ainda por todas as entidades do sector empresarial público.
A iniciativa veio a ser aprovada no último plenário da ALRAA, ainda que tenha sido mutilada no seu objecto e âmbito, uma vez que a maioria parlamentar que suporta o Governo Regional, por proposta de alteração na especialidade, reduziu o seu âmbito à administração regional e local.
A aprovação desta iniciativa que visa a transparência dos actos públicos, ainda que se possa considerar que ficou algo distante do ideal não pode deixar de se considerar um importante contributo para melhorar a qualidade da nossa vida democrática.

Aníbal C. Pires, IN A UNIÃO, 24 de Abril de 2010, Angra do Heroísmo

domingo, 25 de abril de 2010

Não morre... este Amor em Abril



Não morre a paixão daquela madrugada que em rubros cravos floriu,

Não morre a esperança nascida num dia em que felizes rolaram livres as lágrimas na face de um povo sofrido,
Não morre…este Amor em Abril.

Horta, 25 de Abril de 2010

sábado, 24 de abril de 2010

Inquietações

Incomodam-me a intolerância, a história e o pensamento único, a injustiça, a desigualdade, a pobreza e a exclusão.
Incomoda-me a fome que mata uma criança a cada três segundos.
Incomodam-me a guerra, a unilateralidade e a inércia de quem não se incomoda.
Incomodam-me os incómodos de quem se inquieta com a liberdade, a democracia, com o que é diferente, com a pluralidade e a diversidade.
Incomodo-me com quem se aquieta perante as inquietudes do Mundo.
Incomodo-me!
Não me adapto… insurjo-me.

Horta, 24 de Abril de 2010

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Livro - um novo produto tecnológico

E porque hoje se comemora o Dia Mundial do Livro




O Dia Mundial do Livro é comemorado, desde 1996 e por decisão da UNESCO, a 23 de Abril. Trata-se de uma data simbólica para a literatura, já que, segundo os vários calendários, neste dia faleceram importantes escritores como Cervantes e Shakespeare.

quarta-feira, 21 de abril de 2010

Caminhos de esperança

O sistema constitucional de autonomia e o aprofundamento da democracia participativa, a coesão social, territorial e económica, as acessibilidades, a ultraperiferia, a economia, o ambiente, a saúde, habitação, a educação, a cultura e o desporto, a política de rendimentos, a valorização do trabalho e dos trabalhadores, os movimentos sociais e a luta de massas, de entre outros temas, mereceram uma aturada análise e discussão no IX Congresso do PCP Açores.
Mas é sobre do modelo de desenvolvimento regional que mereceram, também, por parte do IX Congresso uma atenção especial, não só na sua caracterização mas, sobretudo, no apontar de caminhos diferentes e sustentados que aqui trago algumas reflexões.
O modelo de desenvolvimento regional foi sempre fortemente condicionado, desde logo, pela geografia que nos tornou periféricos e distantes dos centros de decisão - Lisboa e desde 1986 também de Bruxelas -, a dispersão territorial, a pequena dimensão demográfica e territorial, mas também pelos condicionalismos impostos pelo espaço político e económico onde nos integramos, designadamente da União Europeia. Estas condições contribuíram para que a economia regional fosse sempre fortemente dependente e influenciada por factores externos e de conjuntura aos quais nunca se contrapôs um padrão de raiz regional. Ou seja, um modelo de desenvolvimento que considere e valorize as nossas potencialidades endógenas, isto sem descurar, obviamente, os contextos onde estamos inseridos, mas com um objectivo claro de nos defendermos melhor das flutuações e crises internacionais, em suma, de nos tornarmos menos permeáveis às conjunturas externas. O que precisamos é, verdadeiramente, de um paradigma açoriano: um modelo de desenvolvimento sustentável social e economicamente justo, ancorado na terra que sendo exígua é pródiga, no mar que nos dá dimensão e na geografia que se por um lado nos tornou periféricos, também nos proporciona centralidade na bacia atlântica, quer olhemos para o Ocidente da diáspora, quer para o Sul macaronésio e lusófono.
Um modelo de desenvolvimento com um forte sector produtivo que assegure um mínimo de soberania alimentar, potenciado por uma indústria transformadora que acrescente valor, qualidade e dimensão aos produtos da terra e do mar, complementado por um sector de serviços que considere as singularidades açorianas como um recurso único e sustentável, porque diferente e ancorado nos equilíbrios entre o homem e o ambiente.,
O IX Congresso do PCP Açores realizado num contexto histórico de profunda crise que, para além de económica é também uma crise de valores relevou o papel insubstituível dos comunistas açorianos, considerando que a intervenção cívica e política dos militantes comunistas configura a esperança numa alternativa política de ruptura e o caminho para a construção de um novo paradigma de desenvolvimento para os Açores.
Aníbal C. Pires, IN DIÁRIO INSULAR, 21 de Abril de 2010, Angra do Heroísmo

sábado, 17 de abril de 2010

Palavras de Abril

Ainda não é 25 mas... ABRIL vive-se SEMPRE!




José Carlos Ary dos Santos poeta da Revolução.

Esta madrugada com José Afonso

Depois de escrever a intervenção de abertura do IX Congresso Regional do PCP, durante um dia em que me fiz acompanhar por música e palavras de luta e resistência, fica José Afonso pela madrugada dentro.



O pintor a que se refere a canção é José dias Coelho.

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Jornalismo do Cidadão

Na RTP Açores em debate o chamado jornalismo do cidadão.
Paulo Ribeiro, em Angra do Heroísmo, e Aníbal Pires, em Ponta Delgada, são os convidados desta edição.
Via Skype participaram Fernando Zamith, professor na Universidade do Porto e Mónica Lice.
Pode aceder ao vídeo aqui.

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Música de combate

Uma semana intensa na preparação do IX Congresso do PCP Açores sem descurar outras tarefas e solicitações do quotidiano, ainda assim tempo para a música.




Uma canção popular musicada por Fernando Lopes Graça na voz de José Afonso.

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Expliquem-me por favor

A Bolsa de Emprego Público dos Açores tem a decorrer, de entre outros, dois concursos para contratos em funções públicas por tempo indeterminado. Um para os Serviços de Desporto da Terceira e um outro para a Direcção Regional de Desporto, também este departamento está sedeado na ilha Terceira.
Os lugares a concurso destinam-se a satisfazer necessidades de técnicos superiores daqueles serviços da administração regional. Bem mas afinal o que é que isto tem de interesse dirão os leitores. Trata-se de um concurso público que constitui, ainda assim, um dos mecanismos com maior transparência no recrutamento e admissão de trabalhadores para a administração pública. Assim é mas, há sempre um maldito mas, quem lê o aviso facilmente detecta algumas, digamos, anormalidades.
Vejamos, o Serviço de Desporto da Terceira necessita de um técnico superior para exercer as seguintes funções: “acompanhar a execução de projectos que visem assegurar o desenvolvimento desportivo; cooperar com as entidades do movimento associativo desportivo nas acções que visem o desenvolvimento desportivo; acompanhar a execução dos projectos de desenvolvimento do desporto escolar; elaborar processos e propostas que se constituem como suporte de decisão; apreciar e acompanhar a execução de projectos de desporto para todos; propor as medidas que entenda necessárias ao desenvolvimento desportivo federado, escolar e do desporto para todos.” A Direcção Regional do Desporto necessita, por seu lado, de um técnico superior para o exercício das seguintes funções: “(…) as inerentes ao conteúdo funcional da carreira técnica superior, com experiência da área de formação académica quer ao nível do desporto associativo quer ao nível da promoção de actividades físicas em geral.”
Quanto ao Serviço de Desporto da Terceira a habilitação académica exigida para a admissão a concurso é: Licenciatura em Educação Básica. A Direcção Regional de Desporto exige como habilitação académica para admissão a concurso: Licenciatura na área de Guias da Natureza. Os avisos de oferta de emprego têm, respectivamente, os números 3135 e 3174, isto para quem quiser ver com os seus próprios olhos.
Face às funções que os técnicos superiores irão desempenhar seria de esperar que a habilitação académica se situasse numa licenciatura na área da Educação Física e Desporto, ou mesmo, na exigência de uma especialização em Gestão Desportiva mas não, estranhamente estes especialistas ficam excluídos.
Não coloco em dúvida que um Licenciado em Educação Básica ou um Licenciado na área de Guias da Natureza possam satisfazer as necessidades, quer dos Serviços de Desporto da Terceira, quer da Direcção Regional do Desporto. Não é disso que se trata, trata-se sim de procurar uma explicação para que outros Licenciados fiquem de fora destes procedimentos concursais.
Lendo e relendo os avisos de oferta pública de emprego a que me tenho vindo a referir não encontro uma explicação plausível para que sejam aquelas, só aquelas, habilitações académicas que permitem aceder ao concurso mas, sendo assim, só posso concluir que as ofertas públicas de emprego números 3135 e 3174 foram desenhadas para assentarem como uma luva em destinatários preestabelecidos. E, se assim não foi, gostava que me explicassem porquê a Educação Básica e Guias da Natureza e não a Educação Física e Desporto, a História, o Património Cultural, a Sociologia, a Filosofia, a Geografia ou, uma outra qualquer habilitação de nível superior!? Expliquem-me por favor!
Aníbal C. Pires, IN DIÁRIO INSULAR, 14 de Abril de 2010, Angra do Heroísmo

terça-feira, 13 de abril de 2010

Não basta falar é preciso agir

As declarações com que o Presidente do Governo e do PS Açores tem inundado o espaço público regional sobre os efeitos do PEC na Região e o retomar da guerrilha institucional representam a intrínseca incapacidade do PS de romper com um modelo de desenvolvimento importado e a sua submissão às políticas de direita que dominam em Portugal e a União Europeia.
Mudar implica uma ruptura e acção! Falar de um renovado ciclo político e de desenvolvimento económico para os Açores não basta em si mesmo.
Falar e propor um novo ciclo político e económico exige uma ruptura com o passado e com o presente, exige uma avaliação e aplicação rigorosa dos investimentos públicos, exige garantir o reconhecimento das especificidades açorianas e da sua economia.
Falar de um novo ciclo político e económico exige, desde logo, potenciar o descontentamento dos cidadãos mobilizando-os para as lutas que inevitavelmente terão de ser travadas em defesa dos interesses regionais e das especificidades da nossa economia.
Falar de um novo ciclo político e de desenvolvimento para os Açores não pode ser um exercício de mera retórica para justificar a continuidade no poder e escamotear insuficiências das políticas e opções tomadas, maquilhando velhas e falidas receitas que produzem o desemprego e a exclusão social e económica e, cimentam os pilares que estão na origem da crise que nos assola e que tem as suas raízes no modelo capitalista neoliberal, na desregulação dos mercados, na especulação financeira e na terciarização da nossa economia desvirtuando os sectores que lhe podem, efectivamente, dar sustentabilidade.
O PCP Açores é, reconhecidamente, uma força política essencial para a construção de um projecto transformador e de ruptura com as políticas que na Região, como na República, têm aprofundado as desigualdade sociais e económicas, concentrado o investimento público num modelo económico desadequado à realidade regional e que, ao invés do discurso oficial, não evitou que a crise se tivesse instalado e que esteja a assumir um grave revés no bem estar e qualidade de vida das açorianas e açorianos, bem assim como no tecido económico regional, em particular nas micro, pequenas e médias empresas.
O IX Congresso Regional do PCP vai consagrar na sua Resolução Política as linhas de orientação para o reforço da Organização da Região Autónoma dos Açores tendo como finalidade o aumento da sua influência social, política e eleitoral e a assunção plena da sua condição natural de alternativa política na qual as açorianas e açorianos, em número crescente e proporcional ao descontentamento, se revejam para concretizar aquele que é um desígnio autonómico – o desenvolvimento harmonioso de todas as ilhas da Região Autónoma dos Açores.
Aníbal C. Pires, IN A UNIÃO, 13 de Abril de 2010, Angra do Heroísmo

domingo, 11 de abril de 2010

Alceu Valença neste Domingo

Do fundo da memória mais um som do Brasil. Alceu Valença um outro nome pouco conhecido para lá das fronteiras do Brasil.
Tenho dúvidas se este será o som mais apropriado para sair da letargia provocada, digo eu, por mais um dia cinzento em Ponta Delgada mas... apetece-me.


Aqui e aqui podem ouvir mais dois temas de Alceu Valença um deles num dueto com Elba Ramalho.

sábado, 10 de abril de 2010

Sábado com Zélia Barbosa

Hoje fica uma voz da MPB da qual pouco se sabe e de um outro Brasil também pouco conhecido.




Este tema pode encontrar-se na compilação de canções “Sertão e Favelas”. Aqui podem ouvir um pequeno áudio com uma outra canção de Zélia Barbosa.

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Mayra para o fim de tarde

A música acompanha os meus dias! Conforta-me como uma carícia que afaga a alma. Dou-me a estes desvelos comigo mesmo e juntando-lhe um livro sinto-me muito perto do éden. Outros cuidados comigo não tenho. O meu tempo é dedicado aos outros, é por eles que respiro mas, este prazer, que é meu, muito meu, também como outros contentamentos gosto de o partilhar.

Esta tarde embalou-me a voz doce de uma crioula cabo-verdiana que nasceu em Havana, Cuba, viveu no Senegal, Angola e Alemanha. Vive actualmente em Paris.
Fica a morna “Regasu” na voz meiga e doce de Mayra Andrade, uma cabo-verdiana do Mundo.



Este tema está incluído no seu primeiro trabalho discográfico Navega. O tema que dá nome ao disco pode ser ouvido aqui

Sobre o Congresso do PCP Açores

A realização do IX Congresso PCP Açores – 17 e 18 de Abril, em Ponta Delgada – decorre após a aprovação da 3.ª revisão do Estatuto Político Administrativo que consagrou novas e amplas competências legislativas para a Região, em conformidade com a revisão constitucional de 2004 mas, o IX Congresso realiza-se, também, num contexto de profunda crise política, social e económica que afecta a formação social, económica e política onde nos inserimos e que atingiu, naturalmente, a Região Autónoma dos Açores e cujos efeitos são dramáticos, numa Região insular e arquipelágica com um dimensão demográfica e territorial exígua e pulverizada no Atlântico Norte num espaço de mais de 60 mil Km2.
O IX Congresso deverá, assim, reflectir, por um lado, o novo quadro estatutário e constitucional em que a acção política regional se desenvolve aprofundando as orientações e posicionamento político dos comunistas açorianos, no quadro geral da orientação do PCP, adequado à realidade social, económica e geográfica regional, por outro lado deve considerar na sua análise e orientações o actual contexto de crise, propondo respostas conjunturais, no âmbito das competências dos Órgãos de Governo Próprio, que no imediato respondam aos problemas sociais e económicos que se agravaram pelos efeitos causais da crise.
O novo Estatuto clarifica as áreas e atribuições do Poder Regional assim contribuindo para a resolução de situações de conflitualidade institucional que prejudicaram os Açores no passado recente. Por outro lado, abriram-se agora um vasto conjunto de competências e áreas de intervenção da Região que podem permitir a construção de melhores soluções para os problemas do Povo Açoriano.
Mas se, por um lado, essa consolidação das competências regionais corresponde a um efectivo progresso no desenvolvimento da Autonomia, exige também uma maior e mais efectiva participação dos cidadãos e das forças políticas no sentido de contrariar as tendências que vêm nesse aprofundamento apenas uma oportunidade de centralizar ainda mais poderes no Governo Regional e na maioria que o suporta, desvalorizando simultaneamente e de forma sistemática o papel da Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores.
O IX Congresso do PCP Açores irá, certamente, reafirmar a defesa da utilização plena, pela Assembleia Legislativa, dos poderes consagrados no novo Estatuto, no sentido da construção das soluções legislativas que melhor dêem resposta aos problemas específicos dos Açores e não permitindo o empobrecimento dos seus conteúdos democráticos.
Aníbal C. Pires, IN DIÁRIO INSULAR, 07 de Abril de 2010, Angra do Heroísmo

terça-feira, 6 de abril de 2010

Enstrümantal - Köprüler, para esta tarde

Desta melodia, extraída do youtube, pouco ou nada sei mas, adoro-a. Tenho-a comigo num CD que há um ano trouxe da Turquia e no MP3 que me acompanha.
Ouço muitas e repetidas vezes

Com ela viajo,
Com ela sonho,
Com ela relaxo,
Hoje é tempo de a partilhar com os visitantes do momentos



O CD chama-se Enstrümantal e o(s) autor(es) Köprüler. Se algum dos visitantes me quiser facultar informação sobre este tema e o(s) autor(es) fico, desde já, agradecido.

A triste saga da EPC

O reconhecimento público e o mérito da Escola Profissional de Capelas (EPC) no quadro da formação técnica e tecnológica há muito ultrapassaram as fronteiras da Região e a sua afirmação no contexto nacional e internacional é uma realidade inquestionável que importa preservar mas, por outro lado, a EPC tem sido sempre alvo de inexplicáveis e bizarros apetites do poder executivo que em nada têm contribuído para a necessária estabilidade da instituição e para o seu bom nome.
Ao arrepio de tudo o que era esperado, do que foi anunciado e do recente quadro legislativo que integrou a Escola Profissional de Capelas (EPC) no Sistema Educativo Regional (SER) o Governo Regional aprovou um Decreto Regulamentar Regional que veio alterar o modelo de gestão daquela Unidade Orgânica e introduzir algumas alterações ao seu objecto e funcionamento.
O tempo que passou sobre a contestada integração da EPC no SER, apenas e só pelo então Director, não é suficiente para avaliar das vantagens ou desvantagens da decisão então tomada. Registe-se, no entanto, que os docentes e não docentes bem assim como os sindicatos que os representam consideraram e consideram que aquela foi a decisão acertada, uma vez que não fazia sentido manter, como até então se verificava, aquela escola fora da rede pública e com uma gestão não democrática.
Não pretendo fazer o histórico de toda a turbulência e instabilidade que caracterizam os últimos anos da EPC lembro, porém, que a Comissão Instaladora não executou o mandato que lhe foi conferido, ou seja, não cumpriu as atribuições a que estava obrigada. Sendo o Presidente da Comissão Instaladora o antigo Director torna ainda mais, digamos, estranho esta inércia e todos os restantes sobressaltos como sejam os atrasos no pagamento de salários ou os horários incompletos que tanta celeuma provocou. A tudo isto a inexpressiva e esfíngica Lina Mendes foi respondendo com paliativos e paninhos de água quente como se de uma mera inflamação se tratasse procurando, assim, esconder o gigantesco tumor que ao longo dos anos se foi instalando.
Os problemas de gestão da EPC não são de agora, são de sempre, e resultam claramente das nomeações políticas, “jobs for the boys”, que sempre pautaram a gestão da EPC.
No preciso momento em que a EPC deveria transitar em pleno para um modelo de gestão democrático o Governo Regional não resiste à tentação e cria, de uma vez só, um instrumento que viola a Constituição da República, a Lei de Bases do Sistema Educativo e o Estatuto Político e Administrativo cujo objectivo é dar cobertura à nomeação de alguém disposto a dar continuidade a um modelo que, comprovadamente, não serve o interesse público.
Aníbal C. Pires, IN A UNIÃO, 06 de Abril de 2010, Angra do Heroísmo

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Abril com Elis Regina

Em Março trouxe aqui as Águas numa interpretação de Elis Regina e Tom Jobim.
Neste Abril fica, não por acaso, o “Bêbado e a Equilibrista”.




A “Pimentinha” como a alcunhou Vinicius de Morais teve um percurso musical ligado à luta contra a ditadura militar brasileira.

sexta-feira, 2 de abril de 2010

Registos

Registos de uma tarde primaveril em Ponta Delgada.



Isso mesmo! Com a minha neta.


Aspecto da frente marítima de Ponta Delgada


Um dos ex-libris dos Açores



Memórias em ruína


Para onde caminhamos

Lançamento do livro "Imigrantes nos Açores"

Foi aqui anunciado e aqui fica a notícia da sua realização com imagem e som da RTP Açores.



No inicio da locução tem uma pequena imprecisão o estudo foi concluído em Outubro de 2003 e não em Outubro de 2009 como é dito.