Sendo o tema recorrente não deixa por isso de ter actualidade, direi mesmo que tem de estar permanentemente na ordem do dia, tal é a sua importância estratégica para o desenvolvimento regional e, tal tem sido o tamanho da inabilidade do Governo Regional para encontrar uma solução que sirva o princípio básico da coesão regional.
Sim, são os transportes aéreos e marítimos. Sim, são as elevadas tarifas praticadas. Sim, são os horários desadequados. Sim, é a manifesta incúria que coloca em risco as ligações marítimas nas ilhas do triângulo e, em particular as ligações entre o Faial e Pico. Sim, são estes e todos os outros motivos que têm vindo a ser denunciados pelas populações das ilhas esquecidas e que o Governo Regional designa pomposa e modernamente da coesão. Sim, é a incompreensível estratégia empresarial da companhia aérea pública que pretende concentrar, durante a noite, toda a frota da SATA em S. Miguel com os custos directos e indirectos que essa medida pode acarretar, aliás como se verificou na passada sexta-feira, dia 03 de Julho, com os nevoeiros de S. João. Sim, é a total ausência de uma estratégia integrada de transportes que verdadeiramente sirva os Açores e os açorianos.
Quanto aos transportes marítimos e depois de vários episódios desta história trágico-marítima eis que um corajoso picaroto, que por acaso é deputado da maioria rosa, resolve dar a sua opinião. Opinião demolidora que para além de política é também fundada no conhecimento técnico que lhe advêm da sua formação e exercício profissional. A opinião publicada de Lizuarte Machado sobre os transportes marítimos e as opções do governo é esclarecedora sem, no entanto, tudo esclarecer.
A estratégia da SATA até pode ser a mais acertada do ponto de vista puramente empresarial mas, tratando-se de uma empresa pública que sendo prestadora de um serviço essencial para a coesão regional, não pode ser gerida de forma linear por um qualquer manual de administração e marketing. À tutela cabe definir a política de transporte aéreo que melhor assegure um serviço de transporte aéreo de carga e passageiros que sirva de forma clara e eficaz os objectivos da coesão. Não creio, por isso, que a responsabilidade pelo grande descontentamento que grassa, de forma generalizada, pelo mau serviço prestado pela transportadora aérea regional, possa ser assacada, por inteiro, à administração da SATA. A responsabilidade é em primeira e em última instância do governo regional, sendo igualmente válido para as opções que têm sido tomadas para os transportes marítimos de viaturas e passageiros.
Sim, são os transportes aéreos e marítimos. Sim, são as elevadas tarifas praticadas. Sim, são os horários desadequados. Sim, é a manifesta incúria que coloca em risco as ligações marítimas nas ilhas do triângulo e, em particular as ligações entre o Faial e Pico. Sim, são estes e todos os outros motivos que têm vindo a ser denunciados pelas populações das ilhas esquecidas e que o Governo Regional designa pomposa e modernamente da coesão. Sim, é a incompreensível estratégia empresarial da companhia aérea pública que pretende concentrar, durante a noite, toda a frota da SATA em S. Miguel com os custos directos e indirectos que essa medida pode acarretar, aliás como se verificou na passada sexta-feira, dia 03 de Julho, com os nevoeiros de S. João. Sim, é a total ausência de uma estratégia integrada de transportes que verdadeiramente sirva os Açores e os açorianos.
Quanto aos transportes marítimos e depois de vários episódios desta história trágico-marítima eis que um corajoso picaroto, que por acaso é deputado da maioria rosa, resolve dar a sua opinião. Opinião demolidora que para além de política é também fundada no conhecimento técnico que lhe advêm da sua formação e exercício profissional. A opinião publicada de Lizuarte Machado sobre os transportes marítimos e as opções do governo é esclarecedora sem, no entanto, tudo esclarecer.
A estratégia da SATA até pode ser a mais acertada do ponto de vista puramente empresarial mas, tratando-se de uma empresa pública que sendo prestadora de um serviço essencial para a coesão regional, não pode ser gerida de forma linear por um qualquer manual de administração e marketing. À tutela cabe definir a política de transporte aéreo que melhor assegure um serviço de transporte aéreo de carga e passageiros que sirva de forma clara e eficaz os objectivos da coesão. Não creio, por isso, que a responsabilidade pelo grande descontentamento que grassa, de forma generalizada, pelo mau serviço prestado pela transportadora aérea regional, possa ser assacada, por inteiro, à administração da SATA. A responsabilidade é em primeira e em última instância do governo regional, sendo igualmente válido para as opções que têm sido tomadas para os transportes marítimos de viaturas e passageiros.
Aníbal C. Pires, In Açoriano Oriental, 10 de Julho de 2009, Ponta Delgada
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