Construiu-se nos Açores um consenso político muito alargado pela aquisição de navios para o transporte marítimo de passageiros e viaturas. A incompetência do Governo não o conseguiu levar adiante e, por muito que nos custe, isto é hoje uma realidade.
Este falhanço não belisca, porém, o princípio, ou seja a opção pela aquisição pública é a correcta e deve manter-se.
Da mesma forma, é hoje claro o erro tremendo que foi a privatização da Transmaçor, reduzindo a Região ao papel de accionista minoritário. Não tenho nada contra as parcerias público-privadas, pelo contrário, considero que é útil e necessário que a iniciativa privada participe também nesta área e tenha o seu próprio espaço. Mas os poderes públicos têm de conservar um posicionamento que lhes permita eficazmente determinar as orientações de gestão, em particular num sector estruturante como são os transportes marítimos numa Região insular, arquipelágica e distante como é a nossa.
É altura de reconhecer os erros e encontrar a coragem política de inverter o rumo. De forma mais clara: considero absolutamente necessário que a Região reforce a sua posição no capital da empresa, de forma a deter efectivo controle sobre a empresa Transmaçor!
A importância dos transportes marítimos, a sua complexidade e o volume de investimentos envolvidos obrigam a uma cuidada planificação e ante-visão do futuro. São opções que não podem estar sujeitas às cautelas, hesitações e atentismos dos ciclos eleitorais. Até porque no campo do planeamento estratégico de transportes, as indecisões têm custos. Custam tempo, custam oportunidades, custam dinheiro. Custam, enfim, o adiamento sine die do progresso das nossas ilhas. E os Açores não podem esperar mais.
Por ironia do destino, no exacto momento em que na Assembleia Legislativa Regional o Governo e a maioria negavam a existência de qualquer dificuldade, sessenta passageiros que se deslocavam do Faial para o Pico foram forçados a voltar para trás, por terem a má sorte de viajar num navio envelhecido, com falta da manutenção adequada e, por conseguinte, sujeito a avarias cada vez mais frequentes. A que se soma a má sorte de terem um Governo que não reconhece os problemas nem toma decisões.
Este falhanço não belisca, porém, o princípio, ou seja a opção pela aquisição pública é a correcta e deve manter-se.
Da mesma forma, é hoje claro o erro tremendo que foi a privatização da Transmaçor, reduzindo a Região ao papel de accionista minoritário. Não tenho nada contra as parcerias público-privadas, pelo contrário, considero que é útil e necessário que a iniciativa privada participe também nesta área e tenha o seu próprio espaço. Mas os poderes públicos têm de conservar um posicionamento que lhes permita eficazmente determinar as orientações de gestão, em particular num sector estruturante como são os transportes marítimos numa Região insular, arquipelágica e distante como é a nossa.
É altura de reconhecer os erros e encontrar a coragem política de inverter o rumo. De forma mais clara: considero absolutamente necessário que a Região reforce a sua posição no capital da empresa, de forma a deter efectivo controle sobre a empresa Transmaçor!
A importância dos transportes marítimos, a sua complexidade e o volume de investimentos envolvidos obrigam a uma cuidada planificação e ante-visão do futuro. São opções que não podem estar sujeitas às cautelas, hesitações e atentismos dos ciclos eleitorais. Até porque no campo do planeamento estratégico de transportes, as indecisões têm custos. Custam tempo, custam oportunidades, custam dinheiro. Custam, enfim, o adiamento sine die do progresso das nossas ilhas. E os Açores não podem esperar mais.
Por ironia do destino, no exacto momento em que na Assembleia Legislativa Regional o Governo e a maioria negavam a existência de qualquer dificuldade, sessenta passageiros que se deslocavam do Faial para o Pico foram forçados a voltar para trás, por terem a má sorte de viajar num navio envelhecido, com falta da manutenção adequada e, por conseguinte, sujeito a avarias cada vez mais frequentes. A que se soma a má sorte de terem um Governo que não reconhece os problemas nem toma decisões.
Uma desgraça nunca vem só.
Aníbal C. Pires, In Expresso das Nove, 17 de Julho de 2009, Ponta Delgada
1 comentário:
Esta questão tem de estar continuamente na ordem do dia, tal é a sua importância estratégica para o desenvolvimento regional e tal tem sido a dimensão da incompetência deste Governo para descobrir uma solução que sirva o princípio basilar da coesão regional.
São os transportes aéreos e marítimos, são as elevadas tarifas praticadas e são os horários desadequados. Tudo isto só revela, mais uma vez, a incúria deste Governo que coloca em risco as ligações marítimas nas ilhas do triângulo e, em especial, as ligações entre o Faial e Pico. São estes e todos os outros motivos que têm vindo a ser delatados pelas populações das ilhas esquecidas e que o Governo Regional persiste em classificar ostentosa e modernamente de coesão.
Quando teremos transportes que sirvam realmente os Açores e os açorianos?
Um abraço.
margarida
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