Aníbal C. Pires (S. Miguel, 2017) by Madalena Pires |
Um trecho do texto que será publicado, já amanhã, na imprensa regional e também neste blogue
(...) Nasci no interior continental, o pinhal predominava e à sua volta uma economia florescente. Extração de resina e produção de madeira. As matas estavam limpas devido ao uso da floresta e às populações que retiravam dos pinhais as pinhas, os ramos secos e a caruma que utilizavam nas lareiras, fogões a lenha e nos fornos, por outro lado a atividade agrícola evitava, também, que o território fosse destinado apenas à monocultura da floresta. Tudo isso acabou. As florestas são de eucalipto para alimentar a indústria do papel e não há quem limpe a floresta porque já não se cozinha nos fogões de lenha, ninguém se aquece à lareira e os fornos de lenha só são utilizados lá de vez em quando. (...)
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