sábado, 10 de junho de 2017

PETIPÉS, Lizuarte Machado

Foto by Aníbal C. Pires
Quando falamos da epopeia marítima açoriana a tendência é para fazermos a ligação imediata à baleação. E não é errado, mas não é só. A pesca, desde logo, mas a cabotagem açoriana cuja história não estará devidamente estudada, nem mereceu o mesmo interesse literário que a baleação, foi desde os primórdios do povoamento uma importante atividade económica.
Esta atividade permitia a ligação das freguesias e lugares da mesma ilha, uma vez que as a deslocação de pessoas e a troca de mercadorias, fosse pela orografia, fosse pela distância ou pela ausência de vias transitáveis, era mais fácil e rápida por via marítima.
Conheço alguns estudos e projetos de valorização da cabotagem e mesmo, pelo menos um livro, “Dos Barcos de boca aberta aos Navios a Motor”, de Manuel Vieira Gaspar, colega de profissão que tive o prazer de conhecer e desenvolver algumas atividades pedagógicas, tendo como mote a filatelia, entre a Escola Primária Milagres, e a então Escola Preparatória de Arrifes.
Para além deste estudo do professor Manuel Gaspar, existem também estudos da Doutora Fátima Sequeira Dias e um projeto alargado à cabotagem na Macaronésia, desenvolvido no âmbito do Interreg. Ou seja, há um espaço para ocupar, Haja quem.

Lizuarte Machado, imagem retirada da internet


Ligada à pesca, à cabotagem e à baleação está a indústria de construção naval, e é sobre esta atividade industrial que o Comandante Lizuarte Machado nos traz um importante contributo com a publicação, em finais do ano de 2016, de “PETIPÉS”. Tendo por base a sua coleção privada de petipés e o seu conhecimento profissional, Lizuarte Machado dá mais um contributo para a história marítima insular e para história da indústria da construção naval nos Açores.
Obrigado ao Comandante Lizuarte por este contributo.

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