sábado, 17 de junho de 2017

Superar preconceitos

Do arquivo pessoal
Daqui a uma semana completa 58 anos. É esposa, é mãe e avó. Iniciou-se à cerca de um ano no trailrun. Até hoje só tinha participado na S. Silvestre de Ponta Delgada e na S. Silvestre da Amadora, nas suas edições de 2016.
Hoje, pela primeira vez, participou numa prova oficial de trailrun, o ecologic, na Ribeira Grande, ilha de S. Miguel. Ilha onde escolheu viver há 34 anos, porque se apaixonou por ela, por esta ilha saturada de matizes de verde abraçada pelo imenso Atlântico. Consigo já trazia outras paixões que manteve e cultiva.
Fez uma prova magnífica classificando-se em primeiro lugar no escalão (femininos mais de 55 anos). Foi uma prova dura que, no caso dela, durou 4h e 42mn. A classificação geral e a classificação feminina que obteve foram, igualmente, excelentes.



Do arquivo pessoal
Não corre pela competição, mas pelo prazer de correr e por todas as vantagens que daí decorrem para o seu bem-estar físico e psicológico.
Mas para além do prazer e dos benefícios que a própria retira desta atividade, fica o exemplo da mulher, esposa, mãe e avó, que não se deixa manietar pelos anos, pela condição feminina, ou um outro qualquer preconceito que amarra as mulheres com mais de 50 anos a estilos de vida, tantas vezes, ancorados em argumentos que mais não pretendem do que perpetuar velhos e castradores estereótipos.
O exemplo da Madalena não é único é, apenas, um de entre outros, mas nem por isso deixa de ser valioso.

Aníbal C. Pires, Ponta Delgada, 17 de Junho de 2017

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