quinta-feira, 28 de junho de 2018

Livros, jornais e encontros


Foto by Helena Frias

Um destes dias encontrei-me com o autor do livro (não deixem de ler) “Um Perigoso Leitor de Jornais”, levava comigo um jornal para lhe oferecer, afinal aquele título, a par de outros, quiçá mais recomendáveis, era um dos que o seu avô lia e discutia com alguns micaelenses na década de 30, do Século XX. E por ler jornais e procurar outras verdades, para lá da verdade oficial, acabou preso com mais umas dezenas de micaelenses e a cumprir pena na fortaleza de S. João Baptista, em Angra do Heroísmo onde se juntou a muitos mais portugueses que cumpriam pena por lutarem pela democracia e pela liberdade.
Hoje o Carlos Tomé pode ler o “Avante” e todos os títulos que lhe der na real gana. Pode fazê-lo sem que corra qualquer perigo de vir a ser preso, por ler jornais. Não se chegou aqui por acaso, a história é de resistência, mas é sobretudo uma história de luta contra o obscurantismo.
Não é a primeira vez que aconselho a leitura deste livro, fica mais este registo e não deixem de ler.

1 comentário:

amg disse...

nunca percebi porque a revista "Paris Match" era proíbida.
sempre que alguém da família ia "lá fora" (e podia) trazia essa revista que se lia naturalmente
Lembro-me de a conseguir ler medianamente, pois o francês e o inglês eram obrigatórios até ao antigo 5ºano

amg
A. Godinho