Bela escolha, amigo Aníbal! Bonita homenagem ao partido e ao poeta!
Ary dos Santos, para além de militante do PCP, foi um poeta extraordinário e um grande declamador de poesia portuguesa. Lamentavelmente, nem sempre foi compreendido por alguns intelectuais, chegando, mesmo, a ser submetido ao isolamento pelo facto de ter escrito letras para canções. Deixou-nos em 18 de Janeiro de 1984, aos 47 anos, mas o seu legado mantém-se vivo no trabalho de artistas portugueses contemporâneos. Para recordar, um extracto de um dos seus poemas que nunca me canso de ler ou ouvir. Aqui ficará. Para a posteridade.
Cavalo à solta (…) Minha ousadia meu galope minha rédea meu potro doido minha chama minha réstia de luz intensa de voz aberta minha denúncia do que pensa do que sente a gente certa.
Em ti respiro em ti eu provo por ti consigo esta força que de novo em ti persigo em ti percorro cavalo à solta pela margem do teu corpo.
(…)
Por isso digo canção castigo amêndoa travo corpo alma amante amigo por isso canto por isso digo alpendre casa cama arca do meu trigo.
Meu desafio minha aventura minha coragem de correr contra a ternura.
1 comentário:
Bela escolha, amigo Aníbal!
Bonita homenagem ao partido e ao poeta!
Ary dos Santos, para além de militante do PCP, foi um poeta extraordinário e um grande declamador de poesia portuguesa. Lamentavelmente, nem sempre foi compreendido por alguns intelectuais, chegando, mesmo, a ser submetido ao isolamento pelo facto de ter escrito letras para canções.
Deixou-nos em 18 de Janeiro de 1984, aos 47 anos, mas o seu legado mantém-se vivo no trabalho de artistas portugueses contemporâneos.
Para recordar, um extracto de um dos seus poemas que nunca me canso de ler ou ouvir.
Aqui ficará. Para a posteridade.
Cavalo à solta
(…)
Minha ousadia
meu galope
minha rédea
meu potro doido
minha chama
minha réstia
de luz intensa
de voz aberta
minha denúncia do que pensa
do que sente a gente certa.
Em ti respiro
em ti eu provo
por ti consigo
esta força que de novo
em ti persigo
em ti percorro
cavalo à solta
pela margem do teu corpo.
(…)
Por isso digo
canção castigo
amêndoa travo corpo alma amante amigo
por isso canto
por isso digo
alpendre casa cama arca do meu trigo.
Meu desafio
minha aventura
minha coragem de correr contra a ternura.
Um abraço.
margarida
Enviar um comentário