domingo, 14 de março de 2010

Cores do tempo

Espreito o dia

Chega a melancolia
Em gradientes de cinzento
O vento incessante
O mar tempestuoso
A chuva persistente
A neblina espessa
Resigno-me



Sei
Que o Sol
Voltará a cobrir de azul
O mar, o céu, a vida
De verde a Primavera
De ardor o Verão
Em rubras paixões

1 comentário:

Maria Margarida Silva disse...

Olá, Aníbal!
Uma melancolia gradiente, um vento incessante, um mar tempestuoso, uma chuva persistente, uma neblina espessa…
Quando voltares a espreitar pela janela, o Sol já te agraciou com um azul resplandecente e um verde luminoso. Porque a Esperança nunca morre, embora tenhamos que passar antes por provas de inquietude, dor e, quantas vezes, de desespero.

“As estrelas não chegamos a cobiçar, a esperança... oh, a esperança tem sido a melhor coisa na vida.”
Thomas Mann

Um abraço.
margarida (ouvindo “Sonte È Bo Nome”, do grande Ildo Lobo)