quinta-feira, 25 de janeiro de 2018

A CT da Azores Airlines veio a terreiro

Foto by Aníbal C. Pires (Outubro, 2016)
Finalmente a voz da Comissão de Trabalhadores da SATA Internacional/Azores Airlines (CTSIAA) fez-se ouvir através de uma carta aberta dirigida à Secretária Regional dos Transportes. Diz o nosso povo que “tarde é o que nunca chega”, mas neste caso parece-me a CTSIAA já não chega a lado nenhum, aliás a posição tornada pública está eivada de lugares comuns ditas em modo de vagas preocupações e, no que concerne à privatização, Pois que seja. Dizem os dirigentes da CTSIAA.
Segundo a CTSIAA esta carta aberta destina-se e passo a citar, (…) requerer a maior prudência e transparência na abertura de capital a privados, assegurando-se os superiores interesses da companhia, do povo açoriano e dos trabalhadores da SIAA. (…)
Dispenso-me de comentar.
Também eu estou preocupado, e não é de agora. As minhas preocupações vêm de longe e quanto à privatização, a minha opinião é, Não. E não é por nenhuma razão de ordem dogmática. Ao longo dos últimos anos tive oportunidade não só de afirmar a minha posição quanto a uma eventual privatização, mas também de a justificar.
Que a empresa tem dificuldades de tesouraria, que necessita de ser capitalizada, que necessita sobretudo de uma estratégia comercial que não balance ao sabor das conveniências e de interesses espúrios, tudo isso é do domínio público.
Que podia ter sido evitado, Podia. Que existem outras soluções para além da abertura ao capital privado, Existem. Existem e não foram sequer tentadas.
Lamentável.

Para quem estiver interessado pode encontrar Aqui um conjunto de textos que fui escrevendo nos últimos anos sobre a SATA.

Aníbal C. Pires, Ponta Delgada, 25 de Janeiro de 2018

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