segunda-feira, 22 de janeiro de 2018

... do tempo

Aníbal C. Pires (S. Miguel, 2017) by Madalena Pires





Fragmento de texto a publicar na imprensa regional e no momentos. Aqui mesmo como é habitual.






(...) Disse logo no primeiro parágrafo que não quero saber como utiliza o seu tempo, nem tenho que o fazer, mas não deixo de me preocupar com o desperdício do tempo com alguns passatempos. Passatempos que não são tão inócuos como podem parecer, e nos querem fazer querer. Alguns passatempos tiram-nos tempo e oportunidades, tempo e oportunidades irrepetíveis. 
Inquieto-me com o desperdício de tempo e procuro evitá-lo como faço com outros bens que, não sendo tão preciosos, têm valor um valor material ou imaterial. Esta inquietação resulta, em grande parte, do exercício da minha profissão. Os professores são observadores privilegiados da utilização do tempo e do seu desperdício, desde logo do seu próprio tempo. Mas é a utilidade que os jovens dão ao seu tempo, por imposição ou opção, que me perturba. (...)

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