Um Perigoso Leitor de Jornais, romance baseado em factos reais, da autoria de Carlos Tomé, é apresentado em Lisboa, já hoje, dia 19 de Janeiro, pelas 21h 30mn..
A Casa dos Açores de Lisboa acolhe e promove este evento literário ao qual, para quem estiver por Lisboa ou arredores aconselho a ir e a adquirir um exemplar do livro que é apresentado.
Quem ler vai ficar surpreendido, não só pela escrita fluida e realista do autor, mas sobretudo pela temática que aborda. Carlos Tomé não só resgata a estória do seu avô, o autor resgata para a memória coletiva regional e nacional uma das muitas estórias de que foi feita a luta contra o fascismo em Portugal..
Trata-se da estória de mais de duas dezenas de micaelenses presos na cidade de Ponta Delgada, em 1938, e condenados ao degredo no forte de S. João Baptista, em Angra do Heroísmo, grupo do qual fazia parte Carlos Ildefonso Tomé, avô do autor, carteiro de profissão.
No forte de S. João Baptista, em Angra do Heroísmo, Carlos Ildefonso Tomé foi enclausurado na ala onde estavam alguns dirigentes comunistas, entre os quais Pires Jorge, com quem manteve uma relação de amizade e camaradagem.
Um Perigoso Leitor de Jornais constitui um importante e genuíno contributo para a compreensão social e política de uma época da nossa história coletiva sobre a qual existem poucos estudos e muitas tentativas de branqueamento.
Quando assisti ao lançamento do livro em Ponta Delgada escrevi uma publicação que pode ser lida aqui
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