segunda-feira, 26 de fevereiro de 2018

... da economia da desgraça alheia

Foto by Madalena Pires








Excerto de texto a publicar na imprensa regional e no blogue momentos









(...) Quanto maior for a desgraça maior é a prosperidade. E o negócio floresce. Os Estados, nem todos, delegam em organizações não governamentais(ONG) as ajudas aos cidadãos e povos que por um motivo ou outro são vítimas. Vítimas de cataclismos naturais, vítimas da própria ação política que produz desigualdades, fome, pobreza, subdesenvolvimento.
A Organização das Nações Unidas através do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento(PNUD) tem sido claro sobre esta questão, por um lado a insuficiência do financiamento para a cooperação e, por outro lado sobre a forma como a cooperação é implementada pois, mais de metade dos fundos públicos que lhe são afetos não chegam aos destinatários, ou seja, são consumidos pelas organizações nas quais se delegam os projetos de cooperação, ou as missões humanitárias. (...)

1 comentário:

Maria Margarida Silva disse...

“Quanto maior for a desgraça, maior é a prosperidade.” Difícil encontrar uma frase que melhor defina o que escorre, em catapulta, pelo mundo. Um mundo egoísta e alimentador de fome, pobreza e subdesenvolvimento. Assistimos a um aumento sistemático das taxas de pobreza e de desemprego. Quanto às estatísticas, valem o que valem e sabemos bem que interesses existem por detrás das mesmas. Os conluios aumentam sistematicamente. A maior parte dos fundos das ações humanitárias não chega aos devidos destinos, mas quem pode ficar indiferente, perante os apelos para as vítimas não só dos cataclismos naturais, como da própria ação política? Enfim, é este o mundo “pacífico” em que vivemos!
Um abraço.
Margarida