Foto by Madalena Pires (Fevereiro, 2018) |
Numa resposta que fiz a um comentário assumi que, mais tarde, responderia a uma pergunta que me foi colocada.
E a pergunta era a seguinte: Se fosse Administrador da Sata e tivesse uma rota a dar prejuízos e com outras alternativas para a população, o que fazia?
Para contextualizar. A rota referida é TER/OPO/TER que a Azores Airlines suspendeu há alguns meses atrás. Trata-se de uma rota puramente comercial uma vez que as rotas da Terceira estão liberalizadas, importa ainda referir que a Ryanair entrou nas rotas da Terceira e assegura, semanalmente, duas ligações ao Porto.
A resposta linear à pergunta que me foi dirigida é: - Fechava a rota, qualquer que ela fosse, desde que as perspetivas do mercado não apresentassem indicadores de alteração da procura.
Podia ficar por aqui, mas no que concerne ao Grupo SATA e às opções políticas de transportes aéreos na Região nem tudo é tão simples e linear.
Foto by Aníbal C. Pires (Janeiro, 2017) |
Mas será que a decisão resulta apenas e tão-somente do défice de exploração da rota, Será. Talvez não. Vejamos, a opinião pública e política terceirense após a liberalização das rotas para a Região (Terceira e S. Miguel) exigiu ao Governo Regional que encontrasse os meios facilitadores para que as companhias aéreas de baixo custo voassem para a Terceira. O que veio a acontecer no último Inverno IATA (2016/2017). A Ryanair entrou no mercado terceirense com 4 ligações semanais para Lisboa e 2 para o Porto.
Em Outubro de 2017 a SATA suspende a rota TER/OPO/TER alegando que a sua exploração era deficitária.
Não quero tirar conclusões, mas… julgo que está bom de ver.
Foto by Madalena Pires (Fevereiro, 2018) |
Tenho muito textos e intervenções públicas sobre o Grupo SATA. A minha posição é clara, Sempre defendi Mais e Melhor SATA. Esta minha posição infelizmente, ou não, conforme os interesses que se defendem, esbarrou sempre (desde 2012) com uma estratégia política do PS Açores que se pode traduzir de forma sintética em, Menos e Pior SATA.
Claro que quem saiu vencedor desta contenda foi o PS Açores e o Governo Regional. Não, não fui eu que perdi, quem perdeu foi o Povo Açoriano.
Aníbal C. Pires, Ponta Delgada, 27 de Março de 2018
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