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Não sucumbiu durante a ditadura, nem se vergou perante o terrorismo bombista e incendiário, como não se curva perante as opiniões e pressões que, ciclicamente, lhe querem ditar a extinção e assinar o óbito.
Não vale a pena insistir. Os 97 anos da sua existência ensinam-nos que o seu compromisso é com o futuro. E este é um compromisso inquebrantável. Os sonhos não se aprisionam, os comunistas portugueses têm um sonho e o sonho tem Partido.
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O papel do PCP na atualidade política nacional, por mais que se pretenda diminuir, tem sido e continuará a ser o garante da defesa dos trabalhadores e do povo português, foi com a iniciativa e o contributo do PCP que se abriu caminho a uma solução governativa que colocou um ponto final na continuidade das políticas com que o PSD e o CDS/PP delapidaram o país, desvalorizaram os trabalhadores e abandonaram o nosso povo à sua sorte. Foi com o contributo e a iniciativa do PCP, não tenhamos ilusões por mais ilusionistas que por aí pululem, que se deu início ao processo de reposição direitos e rendimentos, com os efeitos, diretos e indiretos, que são comprovados pela melhoria dos indicadores sociais e económicos que, apesar dos esforços da direita para os menorizar, são reconhecidos interna e externamente.
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O PCP confia e os portugueses sabem e confiam que este Partido não lhes falta na vanguarda das lutas do presente sempre com os olhos postos no futuro. Um futuro que permita construir uma política patriótica e de esquerda que devolva a Portugal a sua soberania, e ao seu povo a dignidade.
O PCP mantém-se fiel aos seus princípios ideológicos, só o desconhecimento e a má fé podem dar sustentação aos epítetos de sectário e dogmático pois, é a própria matriz ideológica que lhe confere a natureza e identidade que o contraria, ou seja, os comunistas não querem antecipar dogmaticamente o mundo, mas encontrar, a partir da análise deste mundo velho, o mundo novo.
Ponta Delgada, 06 de Março de 2018
Aníbal C. Pires, In Diário Insular e Açores 9, 07 de Março de 2018
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