Foto by Aníbal C. Pires |
E os mais distraídos perguntarão, A SATA desfez-se desta aeronave que já foi a grande aposta do Grupo.
Os A 321 Neo chegam a Boston, mas para o Canadá não dá e, para Oakland nem pensar, a não ser com escalas.
Pois bem, ao que sabe a SATA vai fazer assim como uma espécie de cedência do leasing operacional do seu A 330 à Hi Fly. É isso mesmo, mas não é só.
Então, perguntarão os leitores, Como é que a SATA, sem os A 310 e sem o A 330, vai satisfazer os compromissos com as rotas do Canadá e de Oakland, Muito simples vai contratar em regime de ACMI (Aircraft Crew Maintenance Insurance) os equipamentos de voo (A 330 e A 340) à Hi Fly. O que significa que, eventualmente, poderemos continuar a ver o Ciprião de Figueiredo a cruzar os céus açorianos com a “bandeira da Hi Fly, com tripulação da Hi Fly, a fazer serviço para a SATA.
Pode até nem vir a acontecer pois a frota da Hi Fly tem ao seu serviço, de entre outros modelos, cinco A 330 e cinco A 340. A Hi Fly pode afetar o Ciprião de Figueiredo a outros serviços e afastá-lo das rotas açorianas para não parecer muito mal e para que não se levantem muitas ondas sobre este, aparente, paradoxo.
Está confuso. Eu nem por isso pois, já nada me espanta no que ao Grupo SATA diz respeito, mas que é necessário que este negócio seja muito bem explicado aos acionistas, lá isso é.
O Grupo SATA é, ainda, de capital exclusivamente público, por conseguinte, o acionista é o Povo Açoriano. Quem representa os acionistas é o Governo Regional e julgo que está chegada a altura de solicitar ao representante do acionista explicações sobre estas opções, aparentemente, mas só aparentemente de gestão.
As decisões podem ser ancoradas em pareceres técnicos, mas a decisões são políticas e, como tal, não é o Eng Paulo Menezes que tem de responder. As perguntas têm de ser endereçadas à Secretária Regional dos Transportes e, em última instância, ao Presidente do Governo Regional.
Aníbal C. Pires, Ponta Delgada, 02 de Abril de 2018
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