Imagem retirada da Internet |
Deixo aqui o mais recente exemplo, ou melhor dois exemplos de factos que tendo sido difundidos e confirmados não foram alvo de notícias na tal, de referência, comunicação social nacional.
Segundo a agência espanhola de informação a EFE, nos dias que se seguiram às notícias do suposto ataque com armas químicas, em Douma, “A Síria enviou um convite à Organização para a Proibição de Armas Químicas (OPAQ) para que uma equipa dos seus investigadores visite a cidade de Douma, nos arredores de Damasco, onde houve denúncias do seu suposto ataque químico no sábado.” O convite foi feito e confirmado e os investigadores da OPAQ que se encontram na Síria desde o dia 14, ou seja, poucas horas depois dos bombardeamentos que, supostamente, terão destruído os locais de armazenamento e fabrico de armas químicas. Difícil será agora comprovar o que quer que seja. Os Estados Unidos, a Inglaterra e a França, vá-se lá saber porquê, parece não quererem apurar a verdade. As certezas desta aliança são cada vez mais semelhantes com o logro que Colin Powell apresentou no Conselho de Segurança das Nações Unidas, a 5 de Fevereiro de 2003, e que justificou perante a opinião pública mundial a invasão do Iraque.
O outro exemplo não estando diretamente relacionado com a Síria, mas está com a Rússia, é a confirmação, por um prestigiado e independente laboratório suíço, de que o aposentado espião russo e a sua filha, não foram submetidos ao agente tóxico “novichok”. A filha de Skipral já teve alta do hospital e o antigo espião russo já não se encontra em estado crítico, a terem sido alvo de um ataque com aquele agente tóxico e a sua morte já teria acontecido.
E assim se foram por água abaixo as teses que estiveram na base do azedar das relações diplomáticas entre os Estados Unidos, a Inglaterra, os seus aliados, e a Rússia. Esta questão só parece que não, mas tem tudo a ver com a questão Síria.
Imagem retirada da Internet |
Que os Estados Unidos têm, ou tiveram, soldados em território sírio não é especulação. Foi o presidente Donald Trump e a sua embaixadora nas Nações Unidas que o confirmaram.
Mas esta constatação leva-me a outras notícias que vêm do tempo em que Alepo foi libertada e que agora, com a libertação de Ghouta, se verificaram de novo. Aquando da libertação de Alepo foi divulgada, pelo governo sírio, a captura pelo seu exército de mais de uma dezena de oficiais da NATO de várias nacionalidades. Agora com libertação de Ghouta, muito antes do que se pensava, corre por aí que alguns militares britânicos terão sido capturados pelas forças armadas sírias que libertaram a região de Ghouta Oriental. Dir-me-ão que esta última notícia tem origem numa agência de informação iraniana, É verdade. Mas também é verdade que não dei conta de nenhum desmentido.
Afinal, quem é quem na Síria.
Ponta Delgada, 16 de Abril de 2018
Aníbal C. Pires, In Diário Insular e Açores 9, 18 de Abril de 2018
Sem comentários:
Enviar um comentário